No primeiro pregão do ano, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, registrou pontuação recorde, ao fechar aos 118.573 pontos, em alta de 2,53% nesta quinta-feira, 2, após a parada nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro.
A expectativa de avanço nas negociações entre Estados Unidos e China para aplainar a tensão comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo e a decisão do Banco Central chinês pela redução da parcela dos depósitos que os bancos devem manter como reserva, de 13% para 12,5% — movimento que permitirá a injeção de bilhões de dólares ao mercado financeiro e estimular o crescimento econômico do país — impulsionaram o mercado de ações brasileiro.
Na última sessão de 2019, o índice havia recuado 0,76%, num movimento natural de investidores realizando lucros. Durante o ano passado, a alta acumulada foi de 31,58% — a maior variação anual desde 2016. O ano passado foi de bonança no mercado de capitais. Como VEJA explica em sua retrospectiva publicada na atual edição da revista, o número de pessoas físicas registradas na Bolsa de Valores de São Paulo dobrou. O Ibovespa obteve recordes atrás de recordes e, no início de dezembro, atingiu o patamar de 110.000 pontos — depois de ter atingido a marca histórica da centena de milhares em março deste ano. Trata-se do dobro do que foi registrado em 15 de abril de 2016, o dia útil anterior ao do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Já o dólar encerrou seu primeiro dia de oscilações no ano em leve alta, de 0,32% em relação ao real, cotado a 4,02 reais — também impulsionada pela expectativa pelo abrandamento dos conflitos comerciais entre os países presididos por Donald Trump e Xi Jingping e a correção por parte dos investidores após sucessivas quedas. A alta encerra um ciclo de baixas, o que permitiu que, nos últimos pregões do ano passado, a moeda voltasse ao patamar mais baixo desde novembro. O dólar encerrou o ano valendo 4,01 reais. O valor ao final de 2019 foi menor do que o projetado pelo mercado de acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) na manhã da última segunda-feira, 30.