Os Estados Unidos formalizaram uma solicitação de entrada na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como membro associado. A informação foi dada à ONU News em Nova York pelo secretário executivo do bloco lusófono, o embaixador português Francisco Ribeiro Telles.
Segundo ele, o Departamento de Estado americano diz que o pedido visa a aproximar os EUA das diásporas lusófonas em seu território, que incluem principalmente brasileiros, cabo-verdianos e portugueses. Essas três comunidades reúnem cerca de 1 milhão de pessoas que vivem nos Estados Unidos e têm a língua portuguesa em seus países de origem ou de herança.
De acordo com Ribeiro Telles, o pedido dos EUA deve ser analisado pela CPLP já no próximo ano, ao lado dos de outras nações candidatas. Para ele, a solicitação americana revela o aumento da relevância político-estratégica dos países lusófonos.
“Já temos uma lista de Estados que já formalizaram a sua pretensão de se tornarem países associados da CPLP e que terão as suas candidaturas apreciadas na Cimeira de Chefes de Estado e Governo, que terá lugar em Luanda, Angola, no próximo ano. Em nível de países propriamente ditos, temos pedidos da Costa do Marfim, Romênia, Catar e Peru, que são os países que estão prestes a serem membros associados da CPLP”, disse o secretário executivo da CPLP.
A CPLP reúne nove países-membros, que têm o português como língua oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial.
Além dos membros plenos e efetivos, a CPLP tem 19 observadores associados: Andorra, Argentina, Chile, Eslováquia, França, Geórgia, Hungria, Japão, Itália, Luxemburgo, Ilhas Maurício, Namíbia, Reino Unido, Senegal, Sérvia, República Tcheca, Turquia, Uruguai e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura.
De acordo com o Instituto Internacional de Língua Portuguesa, existem mais de 7 milhões de falantes do português que vivem fora de seus países de origem. França, Japão, Estados Unidos e África do Sul estão entre as nações que mais abrigam cidadãos lusófonos. (Com Agência Brasil e ONU News)