De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul originou-se da extinta Ordem Imperial do Cruzeiro, instituída por decreto de 1º de dezembro de 1822 de D. Pedro I, para assinalar de modo solene a sua Aclamação, Sagração e Coroação como Imperador Constitucional do Brasil e seu Defensor Perpétuo e em alusão à posição geográfica do país, sob a Constelação do Cruzeiro e também em memória do nome – Terra de Santa Cruz – dado ao Brasil por ocasião de seu descobrimento.
A Ordem Imperial do Cruzeiro foi abolida pela Constituição de 24 de fevereiro de 1891 e restabelecida, com sua nova denominação pelo Presidente Getúlio Vargas e trata-se de uma condecoração da mais alta valia, reservada para “o fim de galardoar os estrangeiros, civis ou militares, que se tenham tornado dignos do reconhecimento da Nação Brasileira” (Decreto 22.610, 4 de abril de 1933, Art 1º).
Entretanto, por meio de um ato injustificado e injustificável em 18 de agosto de 1961, o Sr. Jânio Quadros, Presidente da República maculou a dignidade dessa alta honraria ao concede-la um cidadão apátrida, aventureiro internacional, terrorista profissional de “revoluções comunistas” de ódio e sangue (México e Guatemala), qual seja o Sr. Ernesto Guevara, conhecido pelo apelido de “Che Guevara“, que naquele momento encontrava-se servindo à tirania comunista de Fidel Castro, no posto de Ministro da Indústria de Cuba.
A honraria foi concedia no grau de Grã-Cruz, contrariando frontalmente vários artigos do Regulamento da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, sendo que de todos os setores da população brasileira surgiram os mais enérgicos protestos, de tal forma que aqueles que ostentavam orgulhosamente tais insígnias, sentiram o esvaziamento e a desvalorização daquele título, que antes desse ato, de acordo com o então Deputado Othon Mader, era uma honrosa e valiosa credencial.
Alguns condecorados a devolveram e outros não a usaram mais de tão depreciada ela ficou com a entrada do terrorista internacional “Che Guevera”.
Não é demais afirmar que este infeliz decreto do Presidente Jânio Quadro jogou por terra todo o sólido prestígio que o mesmo possuía, sendo que 7 dias depois o mesmo renunciou a Presidência da República, sendo que alguns anos mais tarde foi necessário a contrarrevolução de 1964 para fazer frente ao avanço comunista no país.
Nota-se entretanto que ainda é urgente e necessário recuperar o valor moral da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, para que a mesma possa ostentar novamente com orgulho aqueles que a alcançaram por seus méritos incontestes, antes dela ser aviltada como foi ao ser conferida a um terrorista, inimigo perigoso da democracia e atualmente idolatrado por muitas pessoas (infelizmente até alguns cristãos) que desconhecem a verdadeira história deste terrorista e assassino.
É necessário que seja cancelado o direito de uso da insígnia concedida a esse terrorista em razão dos atos incompatíveis com a dignidade da ordem praticados por ele durante sua vida, conforme será exposto em detalhes abaixo.
Para aqueles que não conhecem de verdade Che Guevara, o jornalista, cientista político e mestre em estudos latino americanos pela Universidade de Tulane, Fontova fugiu de Cuba com sua família em 1961.
Este jornalista escreveu o “O Verdadeiro Che Guevara”, livro que acompanha o documentário “Guevara: Anatomia de um Mito”, e nele Fontova descreve o “revolucionário” como um médico fracassado e um estrategista militar incompetente.
Segundo o autor, a maior parte do que sabemos sobre a vida de Guevara se fundamenta em uma biografia escrita pelo Partido Comunista do México e nos arquivos do Departamento de Propaganda de Cuba, controlado por Fidel Castro e pela viúva de Che.
Para contestar a versão mais conhecida dessa história, ele conversou com membros da revolução e refugiados, testemunhas diretas da ascensão de Fidel e da ação de Guevara.
Depois de viajar pela América Latina e conhecer Fidel Castro, Che abraçou a causa do líder cubano, sendo que logo depois da adesão, foi nomeado comandante de uma coluna (divisão interna dos terroristas) e não tardou em demonstrar sua brutalidade.
De acordo com a Associação Cultural Montfort, em certa ocasião, um subordinado de sua coluna furta comida. Che descobre e manda fuzilar o autor imediatamente, sem maiores formalidades, sem defesa.
Tomado o poder em Cuba, os revolucionários partiram para a repressão e execução dos opositores do regime. Ernesto Guevara participou ativamente do “paredón”, ou seja, da morte de milhares de pessoas.
Entre seus colegas, sua fama de inclemente era muito forte. Che chegou a matar um dos jovens chefes da política anti-Batista, Jesus Carreras, apenas porque era seu desafeto, recusando todos os pedidos de perdão.
Depois de ajudar na destruição de milhares de vidas, Che ficou encarregado de tomar conta do Banco Central Cubano. Como não entendia nada de economia, mas só de guerrilha e de fuzilamentos, acabou por arruinar o banco, agravando ainda mais o estado lastimável da economia cubana.
Para ajudar a frágil economia cubana, Guevara criou os “domingos de trabalho voluntário”, nos quais a população era “convidada” a laborar no domingo. Na verdade, as pessoas eram obrigadas a trabalhar mediante chantagens ou ameaças.
Foi um dos mentores, também, dos “Campos de Trabalho Corretivo” de inspiração sino-soviética. Eram campos de trabalho forçado nos quais os opositores do regime eram encarcerados em condições ultrajantes e obrigados a trabalhar para não morrer.
Humberto Fontova cita ainda em seu livro que de acordo com O Livro Negro do Comunismo, escrito por estudiosos franceses de esquerda, ou seja, não se trata de uma publicação “direitista”, ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960.
“Os fatos e números são incontestáveis”, escreveu ninguém menos que o New York Times, ícone da esquerda, sobre o “Livro Negro do Comunismo”.
José Vilasuso, um cubano que à época era promotor dos julgamentos comandados por Guevara, fugiu horrorizado e enojado com o que presenciou. Ele estima que Che promulgou mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a prisão de La Cabaña.
Um padre basco chamado Iaki de Aspiazu, que sempre estava à mão para ouvir confissões e fazer a extrema unção, diz que Che pessoalmente ordenou 700 execuções por fuzilamento durante esse período.
Já o jornalista cubano Luis Ortega, que conheceu Che ainda em 1954, escreveu em seu livro “Yo Soy El Che!” que o número real de pessoas que Guevara mandou fuzilar é de 1.892.
Em seu livro, Che Guevara: A Biography, o autor Daniel James escreve que o próprio Che admitiu ter ordenado “milhares” de execuções durante o primeiro ano do regime de Fidel Castro.
Felix Rodriguez, o agente cubano-americano da CIA que ajudou a caçar Che na Bolívia e que foi a última pessoa a interrogá-lo, diz que Che, em sua última conversação, admitiu “algumas milhares” de execuções. Mas fez pouco caso delas, dizendo que todas as vítimas eram “espiões imperialistas e agentes da CIA”.
“Eu não preciso de provas para executar um homem”, gritou Che para um funcionário do judiciário cubano em 1959. “Eu só preciso saber que é necessário executá-lo!”
Em 1965 Che divergiu da política de Fidel e abandonou Cuba. Partiu para operações de guerrilha fracassadas no Congo e depois na Bolívia, onde encontrou a morte em 1967, executado com oito tiros por militares bolivianos no dia 9 de outubro de 1967. A morte aconteceu na aldeia de La Higuera.
A intolerância e truculência de Ernesto Guevara ficaram registradas em frases como esta: “Não posso ser amigo de quem não compartilha das mesmas idéias que eu”, ou então: “Adoro o ódio eficaz que faz do homem uma violenta, seletiva e fria máquina de matar”.
Conclui-se portanto que Che Guevara não passou de um terrorista que usou meios ilícitos para atingir um fim macabro, razão pela qual o mesmo é completamente indigno da condecoração da Ordem Nacional Cruzeiro do Sul, sendo urgente e necessário portanto cancelar de sua memória póstuma o seu direito de uso.
Neste mês de janeiro de 2019 protocolei no Itamaraty uma representação formal em face do terrorista Che Guevara, cuja memória é indigna de ser honrada com a insígnia da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.
Com a finalidade de reparar um grave erro cometido pelo Sr. presidente Jânio Quadros, esta representação atual tem a finalidade de pedir ao Conselho da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, composta pelo Presidente da República, o Ministro das Relações Exteriores, o Ministro da Defesa e o Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores, que cancelem da memória póstuma deste terrorista a honraria injustificadamente concedia em 1961.
Conforme diz Provérbios 18:5 “Não é bom ter respeito à pessoa do ímpio, nem privar o justo do seu direito”.
(Por Mariel M. Marra / Gospel +)