Pela primeira vez, avaliação negativa do governo Lula supera positiva, indica Atlas

A desaprovação, contudo, aumentou cinco pontos percentuais desde a posse, estando atualmente na casa dos 47%

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Pela primeira vez, 11 meses depois de assumir a Presidência para o seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve a desaprovação do seu governo pela maioria da população. De acordo com a pesquisa Atlas Intel divulgada, nesta terça-feira (21), há uma tendência de rejeição que cresce desde o início do ano.

A avaliação negativa (o que inclui os quesitos ruim ou péssimo) do governo é de 45,1%, ante 42,7% de avaliação positiva (ótimo ou bom). Dez por cento dos entrevistados consideraram o governo regular. Em janeiro, segundo os dados da série histórica do Atlas sobre a avaliação do governo, 38% consideravam a gestão do PT ruim ou péssima, contra 41% que declaravam ser ela ótima ou boa.

Lula era aprovado por 51% dos entrevistados, de acordo com a série história do mesmo Atlas Intel, que realizou a mesma pesquisa logo quando ele assumiu o terceiro mandato na Presidência, em 1º de janeiro. Passados 11 meses, esse índice é de 50%, dentro da margem de erro da pesquisa. A desaprovação, contudo, aumentou cinco pontos percentuais desde a posse, estando atualmente na casa dos 47%.

O levantamento evidencia a persistência da polarização entre dois campos políticos, o lulismo e o bolsonarismo. O índice de entrevistados que dizem desconhecer sobre a aprovação ou desaprovação do governo Lula caiu de 7% para 3% de janeiro a novembro.

Metodologia – Segundo a metodologia do Atlas, os entrevistados são “recrutados organicamente durante navegação de rotina na web”. A pesquisa ouviu digitalmente 5.211 pessoas, a maior parte delas residente na região Sudeste, entre os dias 17 e 20 de novembro.

A área do Executivo mais desaprovada pelos entrevistados é exatamente aquela considerada a mais bem-sucedida até o momento: a que cuida da responsabilidade fiscal e o controle de gastos, sob responsabilidade do Ministério da Fazenda.

A área mais bem-avaliada, talvez influenciada pelo noticiário recente de guerra no Oriente Médio e a consequente operação do governo para retirar brasileiros da região, foi a de relações internacionais.

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