O governador da Bahia Rui Costa (PT) decidiu exonerar o então chefe da Secretaria de Segurança Pública, Mauricio Teles Barbosa, alvo das 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, que investiga esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça (TJ-BA).
Atuando como secretário desde o governo de Jaques Wagner (PT), Teles teve sua exoneração publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (15). A medida cumpre decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que havia determinado afastamento pelo período de um ano.
Quem assume interinamente o cargo é o atual subsecretário da pasta, Ary Pereira de Oliveira. Além do chefe da SSP, também consta no DOE a exoneração de Gabriela Caldas Rosa de Macedo, que era chefe de gabinete da pasta.
Operação – O afastamento foi a menor das imputações que Maurício Barbosa poderia sofrer, visto que, no âmbito das investigações, o Ministério Público Federal (MPF) havia feito um pedido de prisão temporária.
De acordo com a decisão do STJ, o MPF argumentou que o então secretário fazia parte do que chamou de “Núcleo de Defesa Social”, formado também pela ex-procuradora-geral de Justiça, Ediene Lousado, e pela chefe de gabinete de Barbosa, Gabriela Caldas Macedo, para proteger a organização criminosa de Adailton Maturino dos Santos.
Para favorecer o grupo, o MPF argumentou que a SSP manipulou operações policiais e grampos ilegais para chantagear quem fizesse oposição ao quase cônsul. Entre as operações estão a Oeste Legal, a Immobilis, a Leopoldo, a Vortigen e a Fake News.
Além da ordem para o afastamento do secretário de Segurança, o ministro do STJ, Og Fernandes, decretou a prisão temporária das desembargadoras Lígia Maria Ramos Cunha Lima e Ilona Márcia Reis e a prisão preventiva do operador de um juiz. Em nota, o TJ-BA afirmou apoiar a investigação. (bahia.ba)