Anualmente, em 14 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Doença de Chagas. A data foi instituída em resolução aprovada em 25 de maio de 2019, durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), encontro anual que reúne ministros da Saúde dos 194 estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) e representantes de instituições de destaque da saúde global.
A doença de Chagas (DC) apresenta a maior carga de adoecimento e morte entre todas as doenças negligenciadas no Brasil. Em 2017, o País foi responsável por 70% das mortes no mundo por DC, mantendo esta enfermidade como um crítico problema de saúde pública, que acomete principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade social. Na Bahia, a DC é historicamente bastante significativa, com média anual de aproximadamente 633 óbitos pela doença entre os anos de 2009 a 2018.
Diversos fatores estão associados à doença em comunidades mais vulneráveis, como condições precárias de moradia e saneamento básico, além das dificuldades de acesso à saúde pública. Essas situações desafiam as estratégias de controle da transmissão e tratamento em tempo oportuno. Silenciosa, a doença pode evoluir para complicações, especialmente cardíacas, digestivas e podendo levar à morte em muitos casos.
Um dos maiores desafios é se conhecer a real prevalência da doença e estruturar a rede de atenção de maneira que possa atender as necessidades dos portadores dessa enfermidade, bem como de proteção daqueles em situação de vulnerabilidade.