O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), diz que pensa na população, e não nos bancos, ao defender a extinção do saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O fim da modalidade, que permite hoje o resgate anual de parte do saldo, tem gerado preocupação entre instituições financeiras devido a operações de crédito que usam esses recursos como garantia.
“Problema é dos bancos, não é problema meu. Ninguém mandou emprestar”, afirma Marinho em entrevista à Folha. “O saque-aniversário esvazia, enfraquece o fundo, e cria um trauma”, diz ele, em referência à impossibilidade de o trabalhador que opta pela modalidade sacar o saldo integral em casos de demissão sem justa causa.
Segundo ele, há possibilidade de dialogar com as instituições financeiras para bloquear apenas novos financiamentos daqui por diante, mas, mesmo assim, ele ressalta que “os bancos podem encontrar um jeito de segurar a onda”.
Marinho defende ainda a unificação de sindicatos, revertendo a tendência de pulverização incentivada, segundo ele, pelo próprio imposto sindical — que não será retomado. (Política Livre)