Em entrevista ao Voz da Bahia, o ex-vice-prefeito de Santo Antônio de Jesus, Faustino Cunha (PSD), 90 anos, comentou sobre às graves denúncias do diretor da Romastur, José Antônio, responsável pelo transporte coletivo do município contra a gestão municipal (relembre: aqui, aqui e aqui).
O ex-vice-prefeito destacou em sua fala que anteriormente nunca tinha visto tanta fofoca no município como está ocorrendo hoje em dia, “sou uma pessoa que tem especialidade na política de Santo Antônio de Jesus. Conheço porque fiz parte com 13 anos e já tenho 90. Aí fui passando por todos os prefeitos de Santo Antônio de Jesus de 50 para cá, ou seja, há 40 anos, almoçaram em minha mesa. Agora nunca vi tanta fofoca como nessa política agora. Sou muito amigo do secretário de trânsito e até acho isso estranho. Não sei até que ponto chegou, ou em que ponto vamos chegar nessa situação. A voz da cidade é a preocupação pela situação do trânsito, é funcionário envolvido, é licitação mal feita. Isso nunca aconteceu em Santo Antônio de Jesus. Entretanto, não existe política sem fofoca e comércio sem pechincha”, disse.
Faustino ao Voz da Bahia, ainda acrescenta que gostaria que todos os fatos possam chegar a uma conclusão apurando da forma correta e sem afetar ninguém, “ficamos tristes nisso em Santo Antônio de Jesus. Me dou muito bem com o Bittencourt, era amigo do pai dele. E fico triste do que aconteceu em Santo Antônio de Jesus. Não só houve aquele problema da Secretaria de Saúde, também fiquei triste porque Leonel é um rapaz bom, profissional, um, cara, direito que veio para o Santo Antônio de Jesus, e apareceu aquela arbitrariedade na Secretaria de Saúde, agora, vem às denuncias no trânsito. Isso são coisas que a administração precisa repensar muito”, falou.
Cunha reforçou o seu compromisso com a cidade fazendo parte do grupo do ex-prefeito Euvaldo Rosa (PSD) e confirmou que continua sendo o mesmo homem de sempre. Além disso, declarou que não há ninguém que possa dizer sobre sua integridade política, “não votei no prefeito Genival Deolino (PSDB), e sim, em Rogério Andrade (MDB), e continuo no mesmo grupo. Tenho interesse que seja apurado minuciosamente isso. Sou destituído de vaidade e sou um funcionário público, mas ninguém tem a ousadia de dizer: ‘dei um centavo a Faustino’. Quero que uma pessoa venha em minha frente e diga que já me corrompeu. Eu, por exemplo, já vi coisas, mas como dizem: ‘nunca matei um veado, ou deixei a onça com fome’. Sempre cumpri a minha obrigação dentro dos princípios da lei. Fico triste com a situação de Santo Antônio de Jesus, porque tenho 90 anos de vida, militando na política 70 há 80 anos. Com 13 anos, menino subi num palanque político. Não lembro uma época que nunca queria ser candidato a nada. Então, vamos para frente. Apurar para ver onde está a verdade para continuarmos trabalhando pela defesa e crescimento dessa terra que me serve de berço”, concluiu.
Reportagem: Voz da Bahia
