Cavalo fica ilhado em cima de telhado no RS; quase 6.000 animais já foram resgatados no estado

“É uma coisa absurda. A gente vai ver quando baixar a água, a gente nem está preparado para isso, devido aos que morreram”, conta Carla Ébert, a dona de um petshop que abrigou 50 animais

Foto: Reprodução/Globonews

Um cavalo ficou ilhado em cima de um telhado em Canoas, um dos municípios afetados pela enchente no Rio Grande do Sul. Nas imagens mostram o animal no pequeno e único espaço que encontrou para se livrar da inundação. A Defesa Civil fez uma operação para resgatá-lo, mas até o momento não foi confirmado se o cavalo já foi retirado do local.

Conforme dados desta terça-feira (7), quase 6.000 animais já foram resgatados no estado por equipes de salvamento e voluntários. Destes, 5.432 bichos foram socorridos por Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e Polícia Civil. De acordo com a Polícia Militar de Santa Catarina – que enviou agentes, helicópteros e barcos ao Rio Grande do Sul – a maioria dos animais salvos por eles estava em cima de telhados no momento do resgate.

“É muito animal na pontinha do telhado, é muito animal preso na janela, é muito animal que está nadando incansavelmente”, disse Carla Sássi, coordenadora do Grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD).

“É uma coisa absurda. A gente vai ver quando baixar a água, a gente nem está preparado para isso, devido aos que morreram”, conta Carla Ébert, a dona de um petshop que abrigou 50 animais.

A coordenadora do GRAD, Sássi, explica o que é feito com os bichos após o resgate. Os animais têm as fotografias divulgadas para serem encontrados pelos tutores; caso não aconteça, vão para adoção. Pela fragilidade de saúde, muitos sequer conseguem ficar nos abrigos à espera de uma família e precisam ser encaminhados para hospitais veterinários.

“Todos os animais são fotografados no momento do resgate, depois passam pelas equipes que fazem a triagem, fotografam os animais de novo para que essas imagens sejam divulgadas e colocadas para que as famílias possam procurá-los. Então a gente coloca um prazo para que esses animais sejam procurados até que a gente pense em adoção, mas muitos estão bem debilitados e estamos encaminhando para hospitais veterinários pelos graves quadros de hipotermia”, contou Carla Sássi.

Fonte: Metro1

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