Leptospirose: 75 casos e 13 óbitos foram registrados na Bahia este ano

Foto: Divulgação

Com o período de chuvas que vem castigando várias cidades do estado nos últimos dias, fez com que acendesse um sinal de alerta para os baianos em relação a doenças transmitidas com contato direto à água de enxurradas e enchentes o que oferece um risco maior de contaminação, a exemplo da leptospirose.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), a Bahia notificou neste ano 75 casos da doença e 13 óbitos. A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida pela urina do rato através da bactéria Leptospira, onde apresenta alta incidência no país e em manifestações mais graves a letalidade pode chegar a 40% dos casos.

“Após a pessoa ter contato com a água contaminada principalmente em regiões alagadas, a bactéria acaba penetrando na pele e contraindo a doença, dentre as características principais da leptospirose são febre alta e dor no corpo, por isso é muito importante ter o diagnóstico diferencial de arboviroses, que são dengue, zika e chikungunya; além também de dor na panturrilha que é um grande sintoma de quem desenvolve a doença”, destaca o infectologista Robson Reis.

De acordo com o infectologista, os pacientes que são diagnosticados com quadro de leptospirose no geral os casos não costumam ser graves, porém pode ter chances de evolução.

“Algumas pessoas podem evoluir para a síndrome ictero hemorrágica, quando o paciente começa apresentar sangramento pulmonar, o que pode levar a óbito. O período do paciente para o desenvolvimento da doença é em torno de um a 28 dias após ter contato com a área contaminada; apresentando os sintomas procurar um atendimento para a realização de exames, avaliar o caso e iniciar o tratamento que é feito por antibióticos”, concluiu.

Sintomas

Podem também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas graves, geralmente aparece icterícia (pele e olhos amarelados), sangramento e alterações urinárias, havendo necessidade de internação hospitalar.

O período de incubação, ou seja, tempo que a pessoa leva para manifestar os sintomas desde a infecção da doença, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.

Complicações

Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que tipicamente iniciam-se após a primeira semana de doença, mas que pode ocorrer mais cedo, especialmente em pacientes com apresentações fulminantes. A manifestação clássica da leptospirose grave é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias, mais comumente pulmonar.

Entretanto, essas manifestações podem se apresentar concomitantemente ou isoladamente na fase tardia da doença. A síndrome de hemorragia pulmonar é caracterizada por lesão pulmonar aguda e sangramento pulmonar maciço e vem sendo cada vez mais reconhecida no Brasil como uma manifestação distinta e importante da leptospirose na fase tardia. Enquanto a letalidade média para os casos de leptospirose confirmados no Brasil é de 9%, a letalidade para os pacientes que desenvolvem hemorragia pulmonar é maior que 50%. (TRBN)

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