Netanyahu diz que segunda fase da guerra em Gaza, iniciada por operação por terra, vai ser ‘longa e difícil’

Primeiro-ministro de Israel afirmou que nova etapa do confronto será longa e difícil e acusou de hipocrisia quem diz que o país comete crimes de guerra.

Benajmin Netanyahu discursa oficialmente como Primeiro-ministro de Israel — Foto: Ronen Zvulun/REUTERS

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado que a operação por terra lançada por Israel em Gaza é o começo da segunda fase de uma guerra que seria longa e difícil contra o grupo extremista Hamas.

Em coletiva de imprensa, ele afirmou que fariam todos os esforços para libertar os mais de 200 reféns mantidos pelo grupo.

“Aqueles que nos acusam de crime de guerras são hipócritas”, disse Netanyahu.

O ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, também disse que o país está intensificando os ataques e que, quanto maior a pressão sobre o Hamas, maior a chance de libertação dos reféns.

As tropas israelenses permanecem na Faixa de Gaza , na mais extensa operação terrestre já realizada desde o início da guerra, em 07 de outubro.

A ofensiva acontece em meio a pressões internacionais por uma pausa nos ataques.

Na sexta-feira (27), a ONU aprovou uma resolução simbólica para uma trégua humanitária. A resolução pede ajuda e acesso à Faixa de Gaza para proteção aos civis.

150 alvos foram bombardeados

As Forças de Defesa de Israel anunciaram ter bombardeado 150 alvos subterrâneos do Hamas durante a madrugada deste sábado.

Os ataques aos alvos subterrâneos do Hamas destruíram túneis, espaços de combate subterrâneos e outras infraestruturas do grupo no norte da Faixa de Gaza.

“Além disso, vários terroristas do Hamas foram mortos”, acrescentaram os militares em um comunicado.

As Forças de Defesa de Israel também disseram que expandiram suas operações por terra a partir do norte de Gaza. Um vídeo divulgado pelos militares mostra vários tanques circulando pela região.

O porta-voz militar israelense Daniel Hagari afirmou que Israel vai “ampliar o esforço humanitário”, permitindo que caminhões entrem no sul de Gaza com alimentos, remédios e água.

Chefes do Hamas são mortos

A Defesa israelense anunciou ter assassinado o chefe da ala aérea do Hamas, Asem Abu Rakaba. Ele seria o responsável por coordenar a invasão do dia 7 de outubro pelo ar, com o uso de parapentes.

Outra liderança executada foi o comandante das Forças Navais da Brigada da Cidade de Gaza do Hamas, Ratib Abu Tzahiban. Ele é acusado por Israel de tentar fazer uma infiltração naval contra o país em 24 de outubro.

Além disso, Israel disse ter contra-atacado o Hezbollah, após o grupo armado ter lançado foguetes em direção ao território israelense na sexta-feira (28). Em resposta, os militares israelenses atacaram bases do grupo no Líbano, neste sábado.

(g1)

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