O atacante Lionel Messi afirmou neste sábado, 26, que não mudaria nada de sua carreira ou trocaria qualquer título conquistado por uma Copa do Mundo com a seleção da Argentina.
“Teria ficado encantado em ser campeão do mundo, mas acho que não mudaria nada que conquistei na minha carreira para sê-lo. É isso o que Deus me deu”, afirmou o astro em entrevista à emissora “TyC Sports”.
Jogador do Newell’s Old Boys antes de ir, ainda muito jovem, para as categorias de base do Barcelona, Messi também respondeu sobre suas preferências na Argentina.
“Disseram que eu era River por não comemorar muito um gol no Mundial de Clubes e Independiente por ter uma foto com a camisa do clube, mas fui e sigo sendo Newell’s”, disse o craque.
“No nível esportivo, os clássicos europeus e argentino são iguais, mas na Argentina as pessoas são mais loucas. Jogar um clássico de Rosario deve ser terrível. Teria gostado de jogar no futebol argentino, em geral. Eu ia ao estádio com meu pai, ver era impressionante. Na Argentina, não ganhar um clássico significa não poder sair de casa, uma loucura”, completou.
Depois de conquistar a sexta Chuteira de Ouro da carreira, o atual melhor jogador do mundo pela Fifa disse que não tem o gol como uma obsessão.
“Não vivo do gol como os atacantes. Gosto de ter contato com a bola permanentemente”, explicou.
Sobre a situação atual da seleção da Argentina, Messi, que voltará a jogar pela ‘Albiceleste’ nos amistosos contra Brasil e Uruguai, afirmou que espera que a equipe chegue bem para as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Catar.
“Depois de muitas mudanças e muitos meninos novos, vimos no final da última Copa América uma grande seleção. Crescemos muito também nos amistosos. Surgiram outros jogadores com os quais não pude estar pela suspensão, mas estamos nos preparando bem pela Copa que vem. Vamos chegar bem”, analisou Messi.
O craque também falou sobre os companheiros que decidiram deixar a seleção depois da disputa da Copa do Mundo do ano passado, na Rússia, como o veterano Javier Mascherano, e voltou a afirmar que sempre teve o desejo de jogar com a camisa da ‘Albiceleste’.
“Sempre tive amor pela seleção, mas vivi muitas coisas que não eram justas. Sempre tentei, sigo tentando. Chegamos na final da Copa do Mundo e da Copa América. Não é pouca coisa. Nem todo passa por ganhar. Fizemos o povo feliz durante esse tempo, tanto nas Eliminatórias, como no Mundial e na Copa América. Foi uma dor muito grande, chegamos até a última partida e estivemos perto de conseguir”, disse o atacante.
Na entrevista, Messi também elogiou o técnico Alejandro Sabella, que comandou a Argentina na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. A ‘Albiceleste’ acabou com o segundo lugar, ao perder para a Alemanha por 1 a 0.
“Nessa Eliminatória com o Alejandro arrancamos mais ou menos, ganhamos na Colômbia e partir daí não perdemos mais. E chegamos até a final da Copa do Mundo sem ter perdido. Foi uma das melhores épocas para mim na seleção. Era uma comissão técnica impressionante, um grande grupo, curtimos todos os dias”, concluiu o craque. (Veja)