A greve dos petroleiros teve início no dia 1º deste mês e entrou neste sábado (15) na sua terceira semana seguida. A greve por tempo indeterminado, envolve 10 estados do país e atinge 5 unidades da empresa e subsidiárias, como a Transpetro, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e a Refinaria do Nordeste (RNEST), informou a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A categoria reivindica a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen). De acordo com a FUP, as demissões devem afetar mais de mil famílias. Além disso os petroleiros também querem o estabelecimento de negociação com a Petrobras para cumprimento de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
O ministro Ives Gandra Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou, na mesma semana de início da greve, que 90% dos petroleiros da Petrobras continuem trabalhando durante a greve. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, confirmou a decisão do TST.
Na decisão, Gandra Filho afirmou que há “risco de desabastecimento em âmbito nacional”. Para ele, a greve é “carente de motivação” porque foi deflagrada enquanto o acordo coletivo da categoria ainda estava vigente.
Na última sexta-feira (14) o diretor-geral da Agência do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, disse que a greve dos petroleiros não produziu impacto sobre a produção de petróleo e derivados da Petrobras. No entanto, a ANP enviou ofício ao Tribunal Superior do Trabalho para manifestar a preocupação com a continuidade da operação com equipes de contingência nas unidades da empresa. (Metro1)