A pandemia do coronavírus fez o mundo parar e forçou todos nós a repensarmos como trabalhar de casa pode ser possível, assim como nossos hábitos de consumo. Com muitos negócios de portas fechadas, várias marcas têm apostado no e-commerce para continuarem vendendo seus produtos. Porém, os itens comprados pelas pessoas têm mudado um pouco com a crise e a quarentena.
Na semana passada, Ida Petersson, diretora de compras da Browns, revelou em entrevista que, nas primeiras duas semanas de lockdown no Reino Unido, a loja de roupas de luxo londrina viu um crescimento de 70% nas vendas de loungewear em seu e-commerce, em comparação às duas semanas anteriores, quando as então novas regras de isolamento do governo britânico não tinham entrado em vigor.
Aqui no Brasil as coisas não estão muito diferentes. Com parte da população em home office, as escolhas do que vestir no dia a dia mudaram um pouco. A diretora de marketing e estilo do Grupo Hope, Sandra Chayo comentou durante uma live no Instagram da Vogue que a venda de pijamas da marca cresceu impressionantes 400% no e-commerce durante a quarentena. “E a nossa linha de athleisure também aumentou bastante. A procura por peças mais casuais e confortáveis cresceu muito neste momento”, conta Sandra.
A demanda para conforto não deve parar por aí. “A moda vai ficar mais casual e as pessoas querem mais homewear. É uma tendência que veio para ficar. Na verdade, ela já vinha acontecendo pelo mundo todo, mas a crise acelerou esse movimento”, diz Chayo e adiciona: “Temos que levar em consideração o que os clientes vão querer comprar a partir de agora, o que será importante e relevante. As pessoas não vão continuar consumindo como consumiam antes. Isso vai mudar, o mundo vai mudar”. (Vouge)