Ilhéus: Delegado aponta ‘cartas marcadas’ em contrato de empresa alvo de operação

PF

A contratação da empresa responsável pelo abrigo de infectados de Covid-19 em Ilhéus, no Litoral Sul, foi considerada de “fachada”. Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos dentro da Operação Nefanda na manhã desta quarta-feira (11).

Segundo o delegado Anderson Alves, que coordena a Operação Nefanda, todo o processo de contratação causou estranheza. “Muito atípico. Até o processo de escolha foi muito duvidoso. Difícil entender o critério de escolher um sítio na zona rural de Ilhéus. A prefeitura fez a licitação por convite e poderia ter chamado outras empresas”, disse o delegado ao Bahia Notícias em coletiva de imprensa nesta quarta.

O espaço escolhido, Hotel Mamoan, funciona também com um haras, local de criação de cavalos. Anda segundo delegado, entre as irregularidades apontadas figura o fato de o contrato assim como o alvará de funcionamento só serem assinados e autorizados, respectivamente, três meses após o início do serviço. Período em que a empresa, mesmo nessas condições, recebeu pagamento pelos serviços. A empresa teria recebido, ainda sem contrato finalizado, R$ 657 mil, faturando R$ 570 por conta da irregularidade.

Dos nove mandados de busca, um foi cumprido em Itabuna, por conta de ser a residência de um funcionário da secretária de saúde de Ilhéus. A operação também cumpriu mandados no Hotel Mamoan, que funcionou entre junho e dezembro do ano passado.

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