O presidente Jair Bolsonaro embarca neste domingo (19) para Nova York, nos Estados Unidos, onde vai participar da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Seguindo a tradição que começou em 1955, o Brasil será o primeiro a discursar na abertura do debate geral dos chefes de estado, que acontece na terça-feira (21).
Na última quinta (16), durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que fará um discurso “objetivo” e “tranquilo”. É possível que ele sinalize um apoio ao Marco Temporal, que modifica a demarcação de terras indígenas.
De acordo com Bolsonaro, um novo entendimento sobre o marco temporal é um “perigo” e um risco para a segurança alimentar “do Brasil e do mundo”. A discussão estava em pauta no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o julgamento foi suspenso, na última quarta (15), após o ministro Alexandre de Moraes pedir mais tempo para análise.
A comitiva presidencial leva 18 integrantes aos Estados Unidos, entre eles a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e também o filho do presidente, o Deputado Federal, Eduardo Bolsonaro.
Já há uma agenda prévia de compromissos oficiais divulgada pelo Palácio do Planalto. Bolsonaro deve aterrissar em Nova York por volta das 17h30 de hoje.
Nesta segunda (20), às 11h40 (10h40 no horário de Brasília), haverá uma reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.
Às 19h (18h no horário de Brasília), Bolsonaro e sua comitiva serão recebidos em um evento do embaixador Ronaldo Costa Filho, representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas. E na terça-feira (21) acontece o discurso mais aguardado, previsto para as 9h, horário de abertura da assembleia.
Antes de seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, Bolsonaro se reunirá às 8h (7h do horário de Brasília) com o presidente polonês Andrzej Duda.
Às 8h35 (7h35 do horário de Brasília), o presidente brasileiro terá uma reunião com o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres.
Discurso na ONU
Este é o terceiro discurso de Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU que, neste ano, deve focar na recuperação dos países com a pandemia de Covid-19, levando em consideração temas como sustentabilidade e direitos humanos.
A ONU informou que o comprovante de vacinação não será cobrado dos chefes de estado, mas há restrições de circulação na cidade para quem não se vacinou, como é o caso de Jair Bolsonaro, que recusou se vacinar contra Covid-19.
Durante o afastamento, a Presidência será assumida interinamente pelo vice-presidente Hamilton Mourão. (CNN)