Até a última quarta-feira (6), 41 crianças, com idade entre 5 e 11 anos, receberam doses incorretas de vacina contra a Covid-19 no município de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, no Pernambuco. Elas foram imunizadas com doses da Janssen, fabricante que não está autorizada para aplicação nessa faixa etária. A prefeitura informou que apenas uma das crianças teve reação mais forte, com febre acima de 39 graus e precisou procurar o serviço médico.
De acordo com a Secretaria Municipal da cidade, a técnica de enfermagem foi identificada. A profissional reconheceu publicamente o erro e foi instaurado um processo administrativo disciplinar para apurar o ocorrido. Segundo orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as crianças de 5 a 11 anos devem ser vacinadas com a Pfizer pediátrica e crianças de 6 a 11 anos podem realizar o esquema com vacinas da Coronavac/Butantan, que são únicas fabricantes liberadas para aplicação no público infantil.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio do Programa Estadual de Imunização de Pernambuco (PNI-PE), informou que as crianças que receberam como 2º dose a vacina da Janssen – de forma incorreta – não precisarão realizar nova dosagem e estão com o esquema vacinal completo. Já as crianças que receberam a 1º dose, deverão completar o esquema após 60 dias, com a vacina da Pfizer pediátrica.
A prefeitura de Afogados da Ingazeira explicou que consultou o Ministério da Saúde e a SES-PE, que repassou as orientações referentes à complementação para concluir o esquema vacinal dessas crianças. Também disse que ouviu infectologistas que explicaram que passada a fase das reações, de 48 horas, não haveria nenhum problema adicional para as crianças.
A SES-PE disse que após relatar a ocorrência ao Ministério da Saúde (MS) e repassar todas as informações ao Órgão Federal, que também realiza o acompanhamento dos eventos adversos relacionados à aplicação de vacinas, o PNI-PE confirmou que deu seguimento as orientações necessárias e condutas a serem realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde, que irá monitorar o grupo de crianças por 30 dias. (Bahia.Ba)