Um levantamento realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, dos R$ 819 milhões distribuídos aos 35 partidos políticos em 2016, os gastos referentes a R$ 70 milhões foram considerados irregulares. As legendas foram condenadas a devolver os recursos aos cofres públicos. O valor corresponde a 8,5% do total disponibilizado aos partidos.
Das 35 siglas que tiveram as contas rejeitadas, apenas o PCO não prestou contas à Justiça Eleitoral. Houve cinco aprovações com ressalvas e 29 contas desaprovadas. Isso significa que naquele ano, nenhum partido teve a contabilidade totalmente aprovada pelo TSE.
Um dos partidos que teve que devolver recursos foi o PSDB, que teve as contas aprovadas com ressalvas. O valor da condenação foi de R$ 1,1 milhão.
Segundo o TSE, os tucanos não conseguiram comprovar como o dinheiro foi gasto. Entre as irregularidades, foram identificadas notas fiscais ilegíveis, falta de documentos e demonstração de pagamento feito depois do prazo permitido por lei.
O PMDB também teve as contas aprovadas com ressalvas, mas não foi punido, porque o percentual de irregularidades apurado foi muito baixo. O PMN também teve as contas rejeitadas e foi condenado a devolver R$ 1,38 milhão, por ilegalidade na aplicação do dinheiro. O PRTB também teve a contabilidade reprovada e teve que devolver à União R$ 238 mil.