Para a atacante Andressa Alves, a Seleção Brasileira continua sendo a grande favorita diante da Jamaica na partida da 3ª rodada do Grupo F da Copa do Mundo de futebol feminino, marcada para amanhã, 7h (horário da Bahia), no estádio Retangular de Melbourne, na Austrália. A declaração da jogadora foi dada em entrevista coletiva concedida ontem, dois dias após a derrota de 2 a 1 do Brasil para a França.
“O Brasil ainda é favorito contra a Jamaica. Só dependemos de nós mesmas, então temos que mostrar a nossa força dentro de campo. É um jogo que não tem margem para erro, temos que fazer o nosso melhor jogo até agora na competição. Eu confio no meu time, sei que o Brasil tem futebol para vencer”, afirmou a jogadora do Houston Dash, dos Estados Unidos.
O revés diante das francesas deixou a equipe canarinho na 3ª posição do grupo com três pontos, um a menos do que a líder França e a vice-líder Jamaica. Assim, para avançar basta que o Brasil supere o país caribenho. Porém, Andressa Alves não espera facilidade nesta tarefa.
“Sabemos da dificuldade que será contra a Jamaica, porque não é a Jamaica de 2019 [que o Brasil bateu por 3 a 0 naquele Mundial]. Pelo contrário, é uma seleção muito bem estruturada e contra a qual teremos que jogar tudo, pois é uma final. Em final não se joga, se vence. Então, temos que entrar com esse pensamento. O importante não é golear, o importante é vencer de 1 a 0 e fazer os três pontos e passar de fase”, concluiu.
Mostrando uma fé inabalável na classificação, Andressa sabe o caminho para conquistar os três pontos e a vaga. “Acredito que elas vão ter a mesma postura que tiveram contra a França, até porque elas jogam pelo empate. Acredito que elas vão montar duas linhas bem compactas. Vamos ter que encontrar maneiras, na nossa técnica e nossa habilidade, criar alternativas por fora e por dentro para tentar fazer o gol. Acredito muito no nosso ataque e no nosso meio-campo criativo, as coisas vão acontecer contra a Jamaica”, garantiu a atacante.
A jogadora, responsável pela marcação da gigante francesa Renard no gol que culminou na derrota da brasileira, reconheceu o vacilo, mas compartilhou com as colegas. “Foi um erro coletivo. A gente tinha estratégia de marcar por zona, eu tinha a função de bloquear a Renard. Mas eu tinha uma jogadora na minha frente, e a Renard passou por trás. Foi um erro coletivo, não dá para culpar ninguém. A França é passado, não dá para reverter”.
Confiança total
Letícia Izidoro, a Lelê, goleira da Seleção, afirma que a equipe está focada e com o lado psicológico equilibrado para o jogo contra as jamaicanas. “[O psicológico] está 100%. Estamos 100% focadas. A gente virou a página e foco total na Jamaica para a gente buscar essa vitória”, afirmou.
A equipe brasileira fez o último treino em Brisbane ontem. A delegação viaja hoje pela manhã para Melbourne, onde ocorrerá o duelo decisivo. Ainda haverá mais um treino na véspera, à tarde. O Brasil não tem problema de jogadoras lesionadas no momento ou suspensas.
“O treino foi bom, com algumas atletas um pouco cansadas, mas deu para trabalhar com todo mundo. Agora é viajar, fazer mais um treino de preparação para entrar na quarta-feira com tudo pra cima da Jamaica”, analisou Lelê.
Andressa Alves aproveitou para pedir tranquilidade para as companheiras. Experiente, no auge dos seus 30 anos de idade, a atacante orienta as mais jovens. “Se o gol não sair em 30 minutos, não podemos nos desesperar, se não aí que o gol não vai sair mesmo. Temos que tentar envolver o time da Jamaica. A porrada a gente aguenta”, falou.
Quem também confia na classificação é a lateral Tamires. “A gente tem que estar mentalmente muito forte, acho que só assim o Brasil vai conseguir ganhar da Jamaica”, finalizou.
(A Tarde)