iStocK (Foto ilustrativa)
Novembro começou e um debate vem à tona, a importância dos exames para diagnóstico precoce do câncer de próstata. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no Brasil, esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Estima-se que somente este ano o país registrará 68.220 novos casos. Entre todos os desafios enfrentados pelos pacientes, uma nova barreira se apresenta: a possibilidade da infertilidade. Os tratamentos da doença como a quimioterapia e a radioterapia podem contribuir para uma redução na produção de espermatozoides ou até mesmo para a perda da capacidade ejaculatória. “Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia podem causar lesões nas células germinativas primordiais, aquelas células que futuramente se transformariam em espermatozoides, tais lesões influenciam na perda da fertilidade”, declara Dr. Marcos Sampaio, médico especializado em reprodução humana e diretor da Clínica Origen. Como alternativa, muitos desses homens investem no congelamento do sêmen. O especialista ressalta que optar pelo procedimento, antes de dar início ao tratamento, oferece ao paciente condições de planejar a paternidade para o momento ideal. “O processo é simples e muito seguro. Após colhermos o sêmen dos pacientes, este material é resfriado e depois congelado em nitrogênio líquido. É importante a avaliação da qualidade geral do sêmen antes do congelamento e a realização do teste de congelamento e descongelamento. Assim é possível saber como os espermatozoides suportam a temperatura de -273 graus centígrados negativos”, completa Dr. Marcos. Após o procedimento, o sêmen pode ser utilizado em fertilizações in vitro ou em inseminações artificiais, possibilitando assim que o paciente com câncer de próstata realize o sonho da paternidade.
Exames periódicos
A realização anual do exame preventivo é indicada a homens com mais de 50 anos ou 45, no caso de negros e parentes de primeiro grau de indivíduos que tiveram a doença. Na consulta, o médico urologista realizará o exame de toque retal. O médico também solicitará um exame de sangue para a dosagem do marcador tumoral PSA. Tais exames possibilitam o diagnóstico da doença. Em grande parte dos casos, o diagnóstico precoce possibilita a identificação e início rápido do tratamento mais indicado para cada caso e no alcance da cura da doença. (Notícias ao Minuto)