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Após o anúncio da saída de médicos cubanos do programa Mais Médicos, 19 profissionais podem deixar comunidades indígenas da Bahia até então assistidas pelos profissionais. Os médicos estão distribuídos em nove municípios do estado [com abrangência de 23 cidades no total] e atendiam a 29,2 mil pessoas, conforme informações do Ministério da Saúde. Ilhéus, no litoral sul, Porto Seguro, na Costa do Descobrimento, Ibotirama, no oeste, e Paulo Afonso, no norte do estado, vão ter as maiores baixas, perdendo três profissionais cada. Pau Brasil, no litoral sul, e Ribeira do Pombal, no agreste, devem ficar sem dois médicos para os indígenas. Já as comunidades de Euclides da Cunha, no nordeste baiano, Itamaraju, no extremo sul, e Juazeiro, no Vale do São Francisco, passarão a não contar com os únicos médicos cubanos que atendem os locais. Desde quando foi implantado o programa Mais Médicos, médicos cubanos foram também deslocados para 19 estados do país para trabalhar em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), informou a Folha.
O fim da parceria entre Brasil e Cuba foi anunciado na última quarta-feira (14). O país da América Central informou que a medida ocorreu após desqualificação dos profissionais cubanos pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e exigência dele de que os médicos teriam de passar por revalidação de diploma e serem contratados individualmente. A Bahia é o segundo estado que deve perder mais profissionais por causa da crise diplomática. (BN)