Quase um ano e meio após assumirem seus cargos, Lula, do PT, e Tarcísio de Freitas, do Republicanos-SP, estão experimentando momentos diferentes em relação à sua avaliação na capital de São Paulo. Enquanto a popularidade do presidente está em declínio em comparação a 2023, a do governador do estado está em ascensão.
É o que revela a mais recente pesquisa do Datafolha, realizada presencialmente com 1.092 pessoas na segunda (27) e terça-feira (28). Encomendada pela Folha, a pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-08145/2024, com margem de erro de três pontos para mais ou para menos.
Lula é considerado candidato presumível à reeleição em 2026, enquanto Tarcísio vem sendo citado como o principal nome da direita para o pleito, já que seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estará inelegível por ter atentado contra a lisura do sistema eleitoral.
A aprovação de Lula entre os paulistanos diminuiu desde agosto do ano passado. Na pesquisa mais recente, ele foi avaliado como ótimo ou bom por 35% dos entrevistados, enquanto 34% desaprovaram seu desempenho e 30% o consideraram regular. A pesquisa de 2023 indicava uma aprovação de 45%, mostrando uma queda gradual desde então.
Enquanto isso, Tarcísio manteve sua avaliação estável em comparação com a pesquisa de março, com 36% dos eleitores o considerando ótimo ou bom, 33% regular e 28% ruim ou péssimo. No entanto, a trajetória de sua avaliação tem sido favorável, com uma melhora gradual desde agosto de 2023.
Tarcísio, que apoia o prefeito Ricardo Nunes (MDB), embora este último seja crítico do bolsonarismo, busca distanciar-se taticamente de Bolsonaro, embora sua política de segurança pública e outras iniciativas o tenham aproximado mais do ex-presidente.
A pesquisa mostra que Lula mantém sua força entre os menos instruídos e os residentes na zona oeste, enquanto Tarcísio tem mais apoio entre homens, pessoas de 45 a 59 anos e evangélicos.
Essa pesquisa oferece um panorama da dinâmica política em São Paulo, com implicações para as eleições futuras e para o cenário nacional.
Igor Gielow, Folhapress