Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Os filhos do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, Flávio e Eduardo, se reuniram na tarde desta segunda-feira, 10, na sede da Polícia Federal, em Brasília, com o diretor-geral da corporação Rogério Galloro. No encontro, ficou acertado que o andamento das investigações sobre o atentado sofrido pelo presidenciável e uma análise de risco vão definir a possibilidade de estender para membros da família a escolta que o candidato recebe da PF. Segundo os filhos, o PSL, partido de Bolsonaro, vai oficializar um questionamento sobre o risco de segurança de cada integrante da família levando em conta as investigações. “A gente confia muito na Polícia Federal e essa análise de risco será feita por eles”, disse Flávio Bolsonaro. Até o momento, a PF ampliou a segurança de todos os candidatos à Presidência. A partir de agora, o número de policiais na escolta de cada concorrente passará de 21 para 25. Por ser deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) poderá contar com a escolta fornecida pela Câmara dos Deputados, que tem sua polícia legislativa. Flávio, por sua vez, que é deputado estadual no Rio de Janeiro e disputa uma vaga no Senado, avalia com representantes da Secretaria de Segurança Pública do Rio a viabilidade de uma escola. Na saída do encontro com o diretor da PF, de forma diplomática, os filhos de Bolsonaro disseram que confiam no trabalho da corporação e que vão aguardar o término da apuração. “A escolta está sendo feita dentro de um profissionalismo. Se não fosse a agilidade da escolta da PF, o Jair poderia não ter suportado. Nós somos gratos pelo que eles estão fazendo”, disse Eduardo Bolsonaro. Questionado sobre se houve alguma falha por parte da escolta no dia do atentado, Eduardo disse que toda polícia trabalha com redução de riscos e que “risco zero” não existe quando se trata de autoridades e políticos. Sobre boatos que circulam na internet e versões de que Adélio Bispo de Oliveira não teria atuado sozinho, os filhos do candidato disseram que é preciso esperar a investigação da PF. “Enquanto não se chega a uma conclusão ou algo mais transparente, é óbvio que a tendência de todos é reforçar a segurança. Não sabemos se houve uma articulação, envolvimento político, se foi um lobo solitário ou um louco”, disse Eduardo. Com informações do Estadão Conteúdo.