Dia do sexo: Fisioterapia como aliada no tratamento de disfunções; especialistas abordam a questão

Benefícios da prática sexual são diversos | Foto: Freepik

Um tema bastante discutido relacionado à relação sexual, a penetração é um ato ainda polêmico entre a população brasileira. A prática por algumas vezes é temida por parte do público feminino por conta de incômodos, dores, disfunções ou outros problemas. 

Diante disso, especialistas indicaram que nesses casos, a fisioterapia seria uma forte aliada para que o momento sexual fosse melhor aproveitado por ambos parceiros. 

Segundo a fisioterapeuta Aline Manta, uma das principais disfunções no público feminino é o transtorno da dor genito-pélvica da penetração (TDGPP), que é composta principalmente pela dispareunia e vaginismo, que são a dor e dificuldade em ter a penetração. 

Essa dor pode estar associada a outro diagnóstico: a endometriose. Esse quadro é confirmado quando o tecido que reveste o útero, cresce para fora do órgão. Cólicas e dor no momento do sexo são alguns dos sinais de que algo está errado. 

Pesquisas apontam que cerca de 45% das mulheres apresentam alguma queixa de disfunção sexual feminina, sendo que, nesse montante, a prevalência do TDGPP é de 23%. Vale ressaltar que algumas condições de saúde podem acarretar essas queixas, a exemplo da síndrome geniturinária da menopausa, que é onde acontece as mudanças hormonais e no tecido da região genital, podendo levar ao ressecamento, dor, atrofia vaginal entre outros sintomas. 

Essa condição pode acometer mulheres no período pré e pós menopausa, a partir dos 40-45 anos. Já nos homens, Aline conta que a disfunção erétil e ejaculação estão entre os problemas mais recorrentes, além de algumas queixas de dor.

A especialista ressalta que o tratamento das disfunções sexuais precisa ser feito de maneira multidisciplinar, envolvendo, muitas vezes, o médico, fisioterapeuta e psicólogo.

“O ideal é que a paciente receba o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, da qual o fisioterapeuta faz parte, para que o tratamento envolva corpo e mente”, esclarece. 

Pelo olhar fisioterapêutico, como em grande parte dessas condições são encontradas alterações musculoesqueléticas no assoalho pélvico, que é a musculatura que envolve os canais vaginal, uretral, anal, e nos homens, o pênis, o profissional vai avaliar e diagnosticar as disfunções presentes e aplicar os recursos necessários para tratar as condições relacionadas a essas queixas.  

Com as técnicas e exercícios corretos, a fisioterapia ajuda a reverter essas alterações e a promover uma melhora na saúde sexual e na qualidade de vida dessas pessoas.

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