Bem longe de repetir a boa atuação da vitória sobre a Sérvia, no sábado, pelas semifinais, o time brasileiro foi superado pelos poloneses com relativa facilidade na segunda parcial e, abalada emocionalmente, estava sendo atropelada na terceira, antes de reagir apenas na parte derradeira do confronto. Porém, não conseguiram salvar o match point polonês quando perdia por 24 a 23 e deu adeus ao sonho do tetracampeonato. Tricampeão mundial com os títulos obtidos em 2002, 2006 e 2010 sob o comando de Bernardinho, o Brasil já havia caído por 3 sets a 1 diante da Polônia na decisão de 2014, disputada em solo polonês, que foi palco da edição anterior da competição. Assim, a seleção agora dirigida por Renan buscava dar o troco no rival em sua quinta final consecutiva no torneio. Entretanto, os poloneses faturaram o bicampeonato e desbancaram também os atuais campeões olímpicos, que levaram o ouro nos Jogos do Rio-2016 no fim da vitoriosa Era Bernardinho na seleção masculina. E essa também foi a terceira derrota do Brasil em seis participações na decisão do Mundial. Em 1982, a equipe que tinha Renan Dal Zotto como um dos seus atacantes foi superada pela extinta União Soviética na final, realizada na Argentina. Para a Polônia, a vitória também significou triunfar em uma espécie de “tira-teima” contra a seleção brasileira, que em 2016 superou a rival por 3 sets a 0 na decisão do Mundial, no Japão. Assim, cada país chegou nesta final com um triunfo sobre o outro em duelos que valeram o troféu do torneio. Para chegar à luta pelo título deste domingo, os poloneses venceram os Estados Unidos por 3 sets a 2 na semifinal do último sábado, quando os brasileiros derrotaram os sérvios por 3 a 0. Na decisão do bronze neste domingo, os norte-americanos garantiram o terceiro lugar ao passarem pela Sérvia por 3 sets a 1, no início desta tarde.
Com 23 pontos, Bartosz Kurek foi o grande destaque da final contra o Brasil, que teve Wallace como maior pontuador, com 14 acertos. Douglas Souza fez outros 11 pontos pelo time nacional. Michal Kubiak, com 12, figurou como outro nome importante do triunfo polonês. Pesou para a derrota do Brasil também a falta de eficiência no bloqueio nesta decisão. Após contabilizar nove pontos neste fundamento na semifinal contra a Sérvia, desta vez só conseguiu parar ataques poloneses por três vezes. Já os campeões fizeram dez pontos em bloqueios, além de outros quatro em saques, contra apenas dois dos brasileiros, que sofreram apenas duas derrotas em sua campanha neste Mundial – a outra ocorreu ainda na primeira fase, na qual foi surpreendida pela Holanda.