Um estudo feito a partir da análise de dados de mais de 200 cidades chinesas durante a pandemia não encontrou efeito da temperatura ou da radiação solar na eliminação do novo coronavírus ou na diminuição do contágio. As informações foram úblicadas em reportagem da Folha de S. Paulo.
A constatação dos pesquisadores vai na contramão de artigos já publicados que sugerem que o sol teria essa capacidade de eliminar o vírus. A reportagem ressalta que esses artigos se basearam em cálculos teóricos e experimentos em laboratório.
A matéria traz que a ação germicida do sol existe por causa da radiação ultravioleta emitida pelos raios. Existem alguns tipos desses raios, divididos pelo comprimento de onda com que viajam pelo ambiente. O ultravioleta do tipo C (UVC) é o mais potente e pode eliminar mais de 90% do novo coronavírus alojado em superfícies em poucos segundos, de acordo com experimentos realizados em diversos laboratórios com lâmpadas especiais.
Os estudos identificaram que a radiação ultravioleta age no material genético do vírus. Entre os efeitos está o de causar um dano que impede a multiplicação do microrganismo, fazendo com que ele não seja capaz de iniciar uma infecção.
Quanto ao UVC, a Folha ressalta ainda que ele é emitido pelo sol fica retido na atmosfera, antes de atingir o solo. Esse tipo de radiação é prejudicial para pessoas, animais e plantas que recebem os raios diretamente por um período mais prolongado, podendo causar de queimaduras a câncer.
Aparelhos que usam o UVC artificial emitido por lâmpadas especiais para desinfecção de ambientes já são vendidos no Brasil e usados em diferentes partes do mundo para a eliminação de microrganismos no transporte público e em ambientes fechados.