Alergia ao frio: o que é, sintomas e tratamento

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A alergia ao frio, cientificamente chamada de perniose ou urticária ao frio, é uma situação mais comum no outono e no inverno que acontece devido à diminuição da temperatura, o que pode levar ao aparecimento de placas vermelhas na pele, coceira, inchaço e dor nas extremidades, como dedos dos pés e das mãos.

Apesar de ser mais frequente no inverno, a alergia ao frio também pode afetar pessoas que precisam trabalhar no frigorífico dos açougues, na sessão dos congelados do supermercado ou em laboratórios onde é preciso estar em baixas temperaturas, por exemplo.

Na maioria dos casos não é necessário tratamento para esse tipo de alergia, no entanto quando os sintomas interfere diretamente na qualidade de vida da pessoa, pode ser recomendado, em algumas situações, o uso de medicamentos, além de medidas que ajudam a manter o corpo mais aquecido.

Sintomas de alergia ao frio

Os sintomas de alergia ao frio surgem quando a pessoa fica exposta a temperaturas mais baixas por determinado período de tempo, sendo os principais:

  • Placas avermelhadas ou amareladas nas áreas expostas ao frio;
  • A região afetada pode parecer sem sangue;
  • Dedos das mãos e dos pés inchados;
  • Sensação de dor e queimação;
  • Coceira na pele, principalmente nas extremidades do corpo;
  • Podem surgir feridas e descamação na pele inchada e vermelha;
  • Podem surgir vômito e dor abdominal.

As mulheres são as mais afetadas e as áreas mais afetadas são as mãos, os pés, o nariz e as orelhas. Uma situação semelhante é a síndrome de Raynaud, que é uma doença caracterizada pela alteração da circulação sanguínea das mãos e dos pés, mudando a coloração desses membros. 

Possíveis complicações

As complicações da alergia ao frio surgem quando a pessoa não segue as recomendações e o tratamento indicado pelo médico, o que pode levar à falta de sangue em pequenas áreas do corpo, caracterizando a necrose, que pode ser identificada pela coloração enegrecida da região acometida e que dificilmente tem cura, sendo normalmente realizada a amputação.

Além disso, a falta de tratamento pode causar celulite, que é a inflamação de uma área do corpo, lesão de nervos, tromboflebite, parada cardíaca e bloqueio das vias respiratórias.

Tratamento para alergia ao frio

Quando a alergia ao frio é muito frequente e os sintomas permanecem por dias, trazendo incômodo à vida da pessoa, é recomendado buscar ajuda médica porque pode ser necessário realizar exames que possam indicar que existe alguma outra condição ao mesmo tempo. O médico mais indicado é o dermatologista que pode indicar o uso de remédios vasodilatadores.

Outras opções de tratamento para alergia ao frio são:

1. Aquecer o corpo

Assim que forem notados os primeiros sinais de alergia ao frio, é importante aquecer a região do corpo afetada o quanto antes para evitar a progressão dos sintomas. Caso a pessoa se encontre na praia, por exemplo, pode se enrolar em uma toalha ou canga e ficar ao sol por uns instantes até que a circulação sanguínea seja normalizada e a pele deixe de coçar e desinche.

No caso de pessoas que moram ou trabalham em ambientes frios, é importante proteger as extremidades do corpo através do uso de luvas e botas, por exemplo. Além disso, é indicado não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólica, pois podem piorar os sintomas da alergia.

2. Praticar exercícios regularmente

A prática de exercícios regulares é importante para estimular a circulação sanguínea e diminuir as chances de alergia. Além disso, a prática de exercícios ajuda a normalizar o fluxo sanguíneo e a temperatura do local acometido pela alergia.

3. Uso de medicamentos

O uso de medicamento anti-histamínicos pode ser feito com o objetivo de controlar as crises e evitar complicações, como o bloqueio das vias respiratórias e, consequentemente, asfixia, por exemplo. O uso desses medicamentos deve ser recomendado pelo médico e normalmente são consumidos em doses superiores às normais.

4. Uso de adrenalina

O uso de adrenalina é feito somente em casos mais graves, quando há chance de parada cardíaca e bloqueio completo da respiração, que pode acontecer quando a pessoa possui alergia, mas mesmo assim fica muito tempo dentro da água gelada do mar ou da cachoeira, por exemplo. (Tua Saúde)

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