Em um vídeo intitulado “A resposta de um gagá”, publicado no YouTube, na última terça-feira (12), o jornalista Alexandre Garcia rebateu as falas, classificadas como “inverdades”, ditas pelos ex-colegas de Rede Globo, Giuliana Morrone e Gerson Camarotti. Em um áudio vazado, os dois jornalistas teceram diversas críticas ao ex-funcionário da emissora (relembre aqui).
De início, Garcia lamentou o vazamento, deixou claro que não estaria propondo um julgamento e reconheceu que foi ingênuo ao achar, a princípio, que a conversa teria acontecido em uma ligação telefônica, como dito anteriormente em seu perfil no Twitter. Para ele, o responsável por registrar a conversa não teve intenção de prejudicar alguém, mas “achou bonito, pitoresco e que ia dar audiência”.
Ao longo do vídeo, e justificando necessidade de esclarecer os fatos pela publicidade do áudio, Alexandre negou que tivesse endossado a cassação da concessão da Globo, ameaçada pelo presidente Bolsonaro. “Pela minha índole, ética, respeito pela emissora que sempre me respeitou, não faria isso”, afirmou.
Alexandre também negou ter sido diretor da Globo Brasília, como dito por Giuliana. Ele destacou que trabalhou na emissora por 32 anos e que, como editor regional, assumiu a função por cinco anos entre 1990 e 1995.
Outro ponto levantado pelo jornalista foi sobre uma suposta crítica para a GloboNews, baseada em uma postagem por ele feita no Twitter, que dizia a respeito da entrevista de Regina Duarte concedida na CNN. “Eu botei a mensagem dizendo que eu pensava que a CNN seria uma alternativa, que ficou igual. Mas eu não citei nenhuma emissora”, afirmou.
Classificando outro trecho como “risível”, ele mencionou a crítica feita por Morrone sobre ele ser mestre de cerimônia e cobrar pouco pelo serviço. “Eu cobro pouco sim para empresas pequenas, da minha cidade Brasília, que me chama para ser mestre de cerimônia, para alguma inauguração, aniversário da empresa, inclusive, a vidraçaria. Eu não tenho nenhum preconceito contra vidraceiro. Acredito que é uma espécie de participação minha no estímulo a essas empresas. Ai eu cobro alguma coisa simbólica”, continuou.
Garcia também contra-argumentou sobre o fato de Giuliana ter dito que ele não foi chamado para trabalhar na CNN: “Tem uma outra inverdadezinha, menor, que ela afirmou que ‘a CNN não o chamou, não o chamou’. Parece que estava uma torcida, mas enfim. Mas o fato é que chamou, por meses, e me chamam até agora. Eu, por exemplo, vou participar de um programa da CNN no fim de semana”.
Para Alexandre, Gerson Camarotti “estava constrangido” no áudio. Em relação ao ex-colega, ele rebateu uma fala que dizia respeito ao fato dele ter seguidores radicais. “Eu devo dizer que eu não faço filtragem de ideologia. Quanto mais diversidade de ideias, é melhor. Na rede social a gente recebe o retorno e a gente avalia com quem está conversando, avalia a opiniões das pessoas”, explicou.
“Ele teria razão, inclusive, quando ele falou: ‘Ah, ele cuspiu no prato que comeu’. Teria razão se fosse verdade aquilo que a interlocutora dele falou. Mas como expliquei para vocês não foi verdade, impossível. Não é da minha ética não respeitar que sempre me respeitou”, completou.
Alexandre disse que ficou surpreso assim que ouviu o áudio pela primeira vez e que não julgaria e nem se meteria em “opiniões pessoais”. “Fomos colegas, fomos parceiros em programas e até hoje nos encontramos na missa de domingo. Inclusive, na fila da comunhão. E aí quando eu vejo que sou classificado como ridículo, como gagá, e que eu causo revolta a ela, eu vi que fui excomungado”, declarou, sobre Giuliana Morrone.
Ao término do vídeo, o jornalista mandou uma mensagem para os ex-colegas e comparou a situação com a pandemia do novo coronavírus. “A gente está em tempo de ter que usar máscara, às vezes se usa máscara por tanto tempo que ela se esgarça e cai. Então, eu quero repetir que não foi para ser publicado tudo isso. Eu tenho consciência que foi apenas um fuxico”, finalizou.