Algodão de Luís Eduardo Magalhães é exportado pela primeira vez para o Egito

As mais de 500 toneladas da carga foram embarcadas em 22 contêineres pelo Tecon Salvador e têm como destino o Porto de Port Said West

Foto: Fabiano José Perina/ Embrapa

Considerado o maior polo produtor de algodão no oeste baiano, Luís Eduardo Magalhães (LEM) terá seus insumos exportados pela primeira vez para o Egito. A operação acontece na última quinta-feira (29), pelo terminal de contêineres do Porto de Salvador, o Tecon Salvador, com o embarque de 2,5 mil fardos da pluma do algodão, o equivalente a mais de 500 toneladas do produto.

Depois de sair da fazenda produtora, a carga foi direcionada ao Centro Logístico da Wilson Sons para o processo de estufagem em 22 contêineres, sendo levada posteriormente ao Tecon Salvador, de onde seguirá viagem até o Porto de Port Said West, no continente africano. A carga levará, em média, três semanas para completar o percurso.

O algodão produzido na Bahia e em outras regiões que também fazem parte do complexo Matopiba, localizado no Norte-Nordeste brasileiro (Maranhão, Piauí e Tocantins), é exportado via Tecon para a Ásia (Paquistão, Bangladesh, China, Indonésia e Vietnã) e a Eurásia (Turquia), atuais principais mercados importadores do produto brasileiro.

O atendimento a este setor exige certificação, ao qual o Centro Logístico de atendimento ao Tecon Salvador é devidamente credenciado desde 2023. “O selo socioambiental faz parte do Programa Algodão Brasileiro Responsável para Terminais Retroportuários (ABR-Log), emitido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e pela Associação Nacional dos Exportadores (Anea), chancelando a qualidade da preparação do algodão para a exportação por meio de um processo chamado estufagem, que se constitui na acomodação da carga dentro dos contêineres, sem avarias e livre de contaminação”, explica Guilherme Dutra, diretor comercial do terminal de contêineres baiano.

O Centro Logístico da Wilson Sons fica a apenas 15km do Porto de Salvador e opera como Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex). No local, o exportador conta com serviços especiais de manuseio e armazenagem de acordo com a necessidade logística de cada produto recebido, incluindo o desembaraço aduaneiro, realizado por meio de conferência remota por parte da autoridade competente, oferecendo agilidade e segurança para as indústrias. (Bahia.ba)

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