A apresentadora Palmirinha morreu na manhã do domingo (7), aos 91 anos, após ficar internada por 26 dias em um hospital de São Paulo.
Sucesso na TV, a culinarista conseguiu um espaço em programas apenas aos 63 anos, quando foi convidada por Ana Maria Braga para participar do “Note e Anote”, da RecordTV.
No livro “A Receita da Minha Vida”, a apresentadora falou sobre os momentos difíceis que viveu antes de ingressar na TV.
Palmirinha explicou que a mãe, uma imigrante italiana, era muito severa e ela recebia carinho apenas do pai, um baiano. “Ele tinha paixão comigo, mas não tinha isso pelos outros filhos”, disse.
“Minha mãe sempre foi muito severa, então aquele carinho que ele queria fazer na minha mãe e não conseguia, ele fazia em mim. Minha mãe ficava com raiva de mim e me maltratava muito”, completou.
Após a morte do pai ela chegou a ser vendida pela mãe por cinco mil réis, em 1947, com apenas 16 anos.
“Eu entrei na casa e tirei a roupa para tomar banho e dormir para trabalhar no dia seguinte. O homem então estava na cama e eu comecei a gritar”, relatou.
Ela conseguiu ser salva por uma tia e fugiu do lugar. No intuito de sair de casa cedo, ela se casou aos 19 anos e viveu um relacionamento abusivo até os 45 anos.
“Ele bebia muito, tinha várias amantes e me maltratava muito, mas não maltratava os filhos. Eu achava que se eu me separasse dele, ia prejudicar o casamento das minhas filhas. Aguentei até o fim. Meu sonho era que minhas filhas casassem muito bem e não tivesse o mesmo destino que eu”, explicou.
Na obra, Palmirinha também relatou os bons momentos que viveu na vida pessoal e profissional após a entrada na TV. (ib)