As imagens de centenas de balsas ilegais concentradas em um trecho do rio Madeira, importante afluente do rio Amazonas, repercutiram e fez com que o governo federal anunciasse uma fiscalização para conter a atividade ilegal. Os garimpeiros começaram a se dispersar nas últimas horas para fugir da fiscalização.
De acordo com relatos obtidos pelo Jornal Folha de São Paulo, já não há mais as grandes linhas de balsas no município de Autazes, a 110 km de Manaus em linha reta, registradas no início desta semana. Na manhã da sexta-feira (26), cerca de 30 já estavam diante da cidade vizinha de Nova Olinda do Norte, município vizinho, também banhado pelo rio Madeira.
O garimpo de balsas é ilegal, mas existe há décadas no rio Madeira e emprega principalmente os ribeirinhos da região. A concentração em Autazes se deveu ao surgimento de uma “fofoca”, quando é encontrada grande quantidade de ouro, provocando uma corrida até o local. Esse tipo de concentração é recorrente na região.
Nesta quinta-feira (25), o vice-presidente Hamilton Mourão anunciou que a Polícia Federal e a Marinha atuariam contra o garimpo. O Ibama também participaria da operação.
Os garimpos e a mineração ilegais na Amazônia ganharam novo impulso desde 2019, estimulados pelas promessas de legalização do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pela alta no preço do ouro. (Metro1)