Ao Voz da Bahia, professora do Florentino em SAJ relata a agressão que sofreu dentro do colégio: “lascou um tapão na minha cara que desequilibrei”

Foto: Reprodução / Google Maps

A professora de matemática, Iamá Vilas-Boas, 52 anos, relatou ao Voz da Bahia que sofreu uma agressão física por uma mãe de um aluno do Colégio Municipal Florentino Firmino de Almeida, que fica localizado no bairro São Paulo em Santo Antônio de Jesus.

Na entrevista ao Voz da Bahia, a professora Iamá conta que tem um aluno bastante inquieto, “havia batido o horário, entrei na sala, a turma toda também, comecei fazer a chamada e o filho desta determinada mãe, estava na porta da sala de aula falando vários palavrões, linguagem torpe. Jamais eu iria a um veículo de comunicação, principalmente ao Voz da Bahia falar inverdades em relação a está situação”, ressalta.

A educadora ainda relata que chegou a esse determinado aluno de 12 anos e pediu para ele entrar na sala e, “respeite a mim e aos seus colegas, pare de pronunciar essas baixarias, eu não estou aqui para estar ouvindo está quantidade de palavrões que você repete aí na porta da sala”, expôs.

A reportagem ainda questionou qual deveria ser o motivo que o aluno xingava tanto? A professora acredita que ultimamente nas escolas esse tipo de linguagem está ficando algo corriqueiro, “manda tomar no c…, fazer isso, ou aquilo está ficando normal. Por mais que discutamos, aconselhemos, mas infelizmente isso se tornou banal acontecer”, explicou.

Iamá bastante abalada com o ocorrido, aponta que esse tipo de palavreado não deveria ocorrer e que no mês de abril pediu ajuda ao MP (Ministério Público), “fiz uma denúncia aos Promotores de Justiça de Santo Antônio de Jesus, pedindo ajuda ao MP para que tentasse frear o número grande de xingamentos por alunos dentro da escola”, mostra.

De acordo com o relato da professora, ela solicitou que o estudante pré-adolescente entrasse na sala e ficasse em silêncio para não atrapalhar a aula, “ficou pior, ele continuou agora dizendo para mim, Iamá vá tomar no c…”, registra.

A professora diz que a partir daí levou ao conhecimento da direção que lhe deu uma advertência e chamou os pais dele para uma reunião na escola. Quem apareceu foi a mãe que a partir daí, “eu com a direção fomos conversar com ela sobre o ocorrido. A mãe começou sua fala citando outro assunto, que eu havia dito que ela tinha tratado mal outra professora no plantão pedagógico e falei sim, foi a professora que havia me dito. Minha colega, a outra professora, veio e confirmou tudo que havia contado. Após isso, eu disse a ela que estava naquela reunião para falar do comportamento do filho dela, ela me disse ‘já sei que ele é assim mesmo’, argumentei: então está entendido por que ele era assim, depois do que eu disse isso, ela lascou um tapão na minha cara que desequilibrei, ela ainda me chamou de professorinha de merda”, desabafa.

Iamá afirmou que prestou queixa na 4.ª Coorpin sobre à agressão da mãe que sofreu. A professora também realizou exame de corpo e delito no DPT (Departamento de Polícia Técnica) do município. A educadora anuncia que a um vídeo que já está nas mãos da Polícia Civil e de posse da secretaria de educação onde comprova através das imagens a agressão que sofreu da mãe do aluno.

Reportagem: Voz da Bahia

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