Uma mulher gravida do município de Santo Antônio de Jesus morreu em um procedimento de indução para expulsão do feto que já estava morto há 6 dias em seu útero. Diante da denúncia, uma conhecida da paciente que não quis se identificar, confirmou a acusação e ainda disse ter sido um caso de negligencia da Santa Casa de Misericórdia, Hospital Luiz Argolo.
Superintendente da Santa Casa:
Ao ser questionada pela denúncia, a superintendente da Santa Casa, Ludmila Reis, esclareceu sobre o caso e declarou que todos os procedimentos foram realizados para salvar a vida da paciente, “a equipe de enfermagem falou que a jovem chegou na segunda-feira (22), o médico estava fazendo cirurgia e quando foi auscultar o feto, constatou que ele estava inaudível. Foi realizada uma sonografia no mesmo dia, o feto estava morto dentro da barriga, possivelmente já a alguns dias”, declarou.
A superintendente explicou também que em casos como este, onde a paciente carrega o feto morto há um procedimento de indução, expulsão medicamentosa via vaginal, sendo que o feto morto de alguns dias pode prejudicar uma cesariana, causando uma infecção, levando a sepse (infecção generalizada), “o protocolo do Ministério da Saúde é: em caso de feto morto, realizar indução de a expulsão via vaginal, que leva entre 1 há 3 dias. Foi realizado o procedimento e a paciente já estava com 2 centímetros de dilatação e estava evoluindo bem. No final da tarde ela convulsionou e foi levada imediatamente para o centro cirúrgico, a paciente foi entubada e reanimada. Fizemos tudo o que havia de disponível, tudo o que a Santa Casa tinha que fazer para salvar a vida dessa paciente foi feito. Nós chamamos o marido dela que estava esperando, conversou, explicou tudo que foi feito e ele entendeu. É muito grave as pessoas ligarem para uma emissora e falarem sobre negligencia, isso afeta o hospital, a equipe. Por falta de conhecimento, as pessoas que não entendem como é o protocolo do ‘feto morto’, acreditam que é apenas abrir a paciente e retirar. Mas não é assim que funciona”, concluiu.
Redação: Voz da Bahia