Autora aponta como ‘fama, dinheiro e influência’ estão afetando as igrejas modernas

Foto: Reprodução

O evangelho tem sido pregado ao mundo e, como consequência, inúmeras igrejas e denominações estão sendo abertas dentro e fora do Brasil. Mas, segundo a autora Katelyn Beaty, alguns componentes estão prejudicando seriamente as instituições religiosas modernas, sendo eles a fama, dinheiro e influência.

Katelyn Beaty escreveu um livro para tratar do assunto, reunindo casos de igrejas que foram afetadas devido ao estrelismo vinculado à imagem de líderes religiosos que conquistaram muita influência e poder.

“Graças ao declínio da religião no Ocidente, as igrejas estão cada vez mais vazias. No entanto, o anseio por transcendência está mais forte do que nunca”, escreve a autora, sugerindo que parte do estrelismo associado a muitos líderes pode estar relacionada à carência espiritual.

“Aquilo que os seres humanos do passado encontravam no culto tradicional, em organizações fraternas, na família e na comunidade local hoje procuramos, em parte, no consumo, das imagens de pessoas que não conhecemos e que jamais teremos como conhecer”, explica Katelyn, segundo o Guiame.

Reação contrária?

Diante dos desvios doutrinários e da fama e influência muitas vezes atribuídas aos homens, alguns pastores parecem querer resgatar a seriedade do culto, mesmo que isso implique em uma postura mais radical.

Recentemente, por exemplo, o pastor Martim Alves da Silva, presidente da Igreja Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte, chamou atenção ao proibir o uso de palmas no culto. O religioso, contudo, deu a entender que se referia à exaltação da figura humana.

“Pode parar de bater palmas”, disse ele, completando em seguida: “Palmas não, aqui nós estamos cultuando a Deus, aqui não é lugar de palmas não. Aqui é lugar de você glorificar a Deus”.

Uma preocupação semelhante envolveu a cantora Nívea Soares, que também criticou os prejuízos do estrelismo no meio cristão. Ao tratar da função pastoral, ela defendeu que os líderes devem ser mais simples e mais próximos das ovelhas.

“Ser pastor é ir para a mesa, é comer junto, é estar junto. É uma espiritualidade mais simples. Quando a gente olha para Jesus vemos que Ele foi o pastor perfeito e fez aquilo o que a gente precisa aprender a fazer”, defendeu.

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