Uma pesquisa do Centro Científico da União Europeia, revelou que durante o ano de 2023, todos os nove países da Bacia Amazônica registraram os menores volumes de chuva, em mais de 40 anos, para os meses de julho a setembro.
No Amazonas, as chuvas variaram de 100 a 350 milímetros abaixo do normal, o que corresponde a cerca da metade do esperado para a região.
O estudo confirmou ainda que de agosto a novembro uma série de ondas de calor elevaram a temperatura para uma marca recorde para a época. As máximas nesses meses ficaram de 2 graus Celsius (°C) a 5°C acima da média histórica.
De acordo com o boletim de estiagem mais recente, divulgado pelo governo do Amazonas, no último sábado (23), todos os 62 municípios continuam em situação de emergência, sendo mais de 630 mil pessoas afetadas pela seca até o momento.
A situação foi tema do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, no início deste mês. O presidente disse que a Amazônia amarga uma das “mais trágicas secas de sua história”.
O curso d’água que banha a capital, o Rio Negro, chegou a passar pela pior seca em 121 anos de medição. Segundo o 58º Boletim de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), divulgado na última sexta-feira (22), a maioria dos rios da Bacia do Amazonas saiu da classificação de seca. No entanto, em geral, as cotas ainda estão abaixo da faixa de normalidade para o período.
(Metro 1)