Cerca de 800 estudantes da rede estadual de ensino integrantes de seis bandas e fanfarras escolares desfilaram pelas ruas do Campo Grande até a Praça Castro Alves, durante o Desfile Cívico deste 7 de Setembro, em Salvador. Com diferentes canções, ritmos e uniformes coloridos, os estudantes deram um show de cidadania e musicalidade no evento. No interior do Estado, as bandas e fanfarras também chamaram a atenção por onde passaram, despertando o olhar atento de crianças e adultos.
O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, falou sobre o papel pedagógico das fanfarras escolares. “As fanfarras escolares são um demonstrativo da valorização da cultura e da arte na rede estadual. Estamos potencializando, cada vez mais, este viés com projetos estruturantes em cada unidade escolar, como o projeto Escolas Culturais e diferentes ofertas de arte e cultura, como também de ciência, inovação, tecnologia, empreendedorismo e Educação Profissional, incluindo de qualificação, para que os nossos estudantes possam desenvolver seus projetos de vida”, afirmou.
Neste ano, participaram do desfile na capital, as bandas e fanfarras das seguintes unidades de ensino: Colégio Estadual Azevedo Fernandes, localizado no Pelourinho; Colégio Estadual Ana Bernardes, do bairro cajazeiras VI; Colégio Estadual da Bahia – Central, de Nazaré; Colégio Estadual Dinah Gonçalves, do bairro de Valéria e o Colégio Estadual Bartolomeu Gusmão, localizado no município de Lauro de Freitas.
A estudante Ana Luísa Moreira, 12, 8º ano, que há dois anos participa da fanfarra do Colégio Estadual Ana Bernardes (FANCEAD), localizado no bairro de Cajazeiras VI, disse que é sempre uma emoção participar do desfile. “Fiquei com aquele frio na barriga como se estivesse desfilando pela primeira vez. Esta é uma data muito importante e fazer parte das comemorações da Independência é uma satisfação”, afirmou a estudante ao desfilar no Cartel, que é a parte inicial, na qual alguns integrantes portam a identificação da fanfarra.
Para o veterano Sidney Almeida, 20, 3° ano, que há seis anos participa da Banda Macial do Colégio Estadual Severino Vieira, localizado no bairro de Nazaré, a cada ano que passa o desfile fica mais emocionante. “Me sinto muito feliz em ter a oportunidade de colocar meu uniforme e desfilar todos os anos nesta data. Nos dedicamos nos ensaios de janeiro a dezembro para mostrar todo o nosso talento. Sempre nesta data minha família do interior vem me prestigiar e isso significa muito para mim, pois eles reconhecem o meu talento”, revelou o estudante, que toca Caixa, um instrumento de percussão.
Segundo o instrutor geral da Banda Macial do Colégio Estadual Severino Vieira, Flávio Conceição Cerqueira, as fanfarras são essenciais para a educação musical nas escolas. “Este é um momento para que os estudantes exercitem a arte e a cidadania através da música e, também, consiste em uma atividade lúdica, que reflete no aprendizado deles, pois eles aprendem os diferentes instrumentos musicais como trompete, trombone e outros”, afirmou.
Interior – No interior, as fanfarras escolares também abrilhantaram o desfile. Este foi o caso do município de Itororó (425 km de Salvador), que contou com o desfile da fanfarra do Centro Territorial de Educação Profissional Médio Sudoeste da Bahia (CETEP). Já os estudantes do Complexo Integrado de Educação de Itabuna (317 km de Salvador) desfilaram pela primeira vez pelas ruas da cidade. A iniciativa está relacionada a um projeto da área de linguagens da unidade de ensino, por meio do qual os estudantes abordaram o tema: “Viva Nós. Viva o Povo Brasileiro”, baseado na obra do escritor João Ubaldo Ribeiro. Nesta perspectiva, os estudantes foram divididos em alas representando as cores da bandeira: verde, amarelo, azul e banco. O desfile contou com carros alegóricos, carros de som, performances e apresentação de uma banda percussiva formada por alguns estudantes.
O estudante Adelson Santana de Almeida, 17, 3° ano, falou sobre a experiência. “Esta é a primeira vez que eu desfilo na cidade e foi muito bom homenagear e honrar o nosso país nesta data marcante para todos dos brasileiros”, disse o aluno, que se caracterizou como um cacto “Flor de Mandacaru”, representando o mascote, que liderou a ala azul e que teve como subtema “Cangaço e Guerra de Canudos”.
Foto: Gabriel Carvalho