Foi justamente a repercussão das notícias de bebês nascidos com anticorpos para a Covid-19 que aguçou a curiosidade do bancário João Paulo Guimarães para saber se a sua segunda filha, Joana Cunha, também estava entre os protegidos. Joana é filha de João Paulo com a enfermeira Emília Cunha, que completou o esquema vacinal com a segunda dose de Coronavac na 35ª semana de gestação. Depois de um exame, a confirmação, Joana tem 70% de anticorpos contra o vírus.
A taxa é determinada por um exame específico que identifica os chamados anticorpos neutralizantes. “Vendo as notícias dos bebês com anticorpos fiquei me perguntando se ela estava protegida também. Pesquisei e entendi que esse exame era o mais adequado já que o IGG só aponta a presença de anticorpos mas não diz da proteção”, conta. O valor de referência utilizado pelos laboratórios para indicar proteção varia de 20 a 35%. Para a pequena Joana, o resultado do exame feito aos 10 dias de vida mostra a proteção alcançada é de 70%. Dos casos registrados no país é o segundo maior valor, atrás apenas de um bebê de Recife, com 92% de anticorpos detectados.
“A gente ficou feliz. Dá um alívio. Mesmo sendo tudo muito novo. Não se sabe nada, quanto tempo essa proteção vai durar, se é um mês, se é um ano. Mas a gente fica aliviado, dá uma segurança um ”, explica o bancário. Outro alívio é constatar, novamente, a eficiência da vacina. “Ficam esses boatos de que a Coronavac não é eficiente, não gera anticorpos. Tá ai a comprovação de que gera”, defende João.
Até agora, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) ainda não procurou a família para fazer o acompanhamento da pequena Joana e entender a duração da proteção. “O laboratório avisa que compartilha o resultado com as autoridades de saúde. Mas não fomos procurados. Se não forem acompanhar eu mesmo quero refazer o exame daqui um tempo, um ano, para ver como está”, relata ele, que comemorou a notícia nas redes sociais. (Metro1)