Bienal do Livro Bahia encerra como sucesso de público e vendas

Prossegue no Riocentro, na Barra, a 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Maior evento de cultura e literatura do Nordeste chegou a bater a marca de 30 mil visitantes num único dia. Alguns estandes chegaram a alcançar 90% de incremento na venda de livros. Agora, só em 2024

O retorno a Salvador da Bienal do Livro, um dos eventos mais importantes do universo cultural e literário do país, foi um verdadeiro sucesso, ultrapassando a expectativa de 80 mil visitantes esperados pela GL Events durante a feira, que ocorreu entre os dias 10 e 15 de novembro no novo Centro de Convenções (Boca do Rio). Só para se ter noção, no domingo (13), mais de 30 mil pessoas compareceram aos pavilhões para prestigiar grandes nomes como o ator Lázaro Ramos (autor do livro ‘Na Minha Pele’), o poeta Bráulio Bessa e o escritor Silvio Almeida (que assina a obra ‘Racismo Estrutural’). Vale lembrar que em 2022 a Bienal superou o próprio recorde de autores e editoras presentes em sua organização, somando cem participantes.

Entre os seis dias de evento, além de dois pavilhões repletos de estandes com livros novos e usados, foram inclusas quatro áreas de conteúdo: Arena Jovem, Café Literário, um espaço infantil e um caminhão-museu itinerante alocado no estacionamento do Centro de Convenções. Neste último dia, mais uma vez de casa cheia, os participantes puderam conferir as participações de Carol Pires e Chico Felitti (Arena Jovem), Ricardo Ismael (Espaço Infantil) e Carla Akotirene (Café Literário), dentre outras personalidades da cultura e da literatura. Outro destaque da Bienal foi a Casa das Editoras Baianas, apresentada pela Prefeitura de Salvador, reunindo selos como Pinaúna, Paralelo e Mondrongo e trazendo uma programação diferenciada, com rodas de conversa e o lançamento do projeto Literatura Inclusiva.

Além da oportunidade de conhecer e ter o livro autografado pelo autor favorito e das atividades distribuídas a uma programação ampla e inclusiva, os participantes não podiam sair de mãos abanando. E, oportunidade não faltou: nos estandes, havia livros para todos os gostos e bolsos, com preços começando em R$ 10. Se os visitantes saíram satisfeitos, os estandistas também encerraram a Bienal de forma positiva. Embora ainda não haja uma estatística do total de vendas em toda a duração do evento, os expositores confirmaram incremento no faturamento, com porcentagens variando entre 20% e 90%. Na literatura internacional, a autora estadunidense Colleen Hoover foi a queridinha entre o público com a duologia de romance “É assim que Acaba” e “É assim que Começa”, com direito a um painel temático inspirado na protagonista Lilly, onde os visitantes puderam fazer um registro da sua passagem no evento.

Na literatura nacional, o baiano Itamar Vieira Junior confirmou seu sucesso, que levou muita gente a fazer fila para participar do primeiro Café Literário da Bienal, ao lado de Carla Maderia, com o tema “No Coração dos Leitores”. “Torto Arado”, narrativa que descortina o trabalho escravo contemporâneo e venceu o Prêmio Jabuti em 2020, chegou a esgotar os 80 exemplares disponíveis no Boulevard Literário, e vendeu 180 exemplares no estande da livraria LDM, se tornando uma das obras mais procuradas durante o evento. Quem não conseguiu estar presente nesta edição, terá que esperar um pouco mais: por conta do formato do evento, a próxima tem previsão de ser realizada em 2024. (Trbn)

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