O bilionário Peter Thiel, cofundador do PayPal, afirmou que pretende deixar seu corpo congelado após a morte, para que possa ser ressuscitado no futuro – apesar de duvidar do procedimento. A declaração foi feita durante entrevista ao podcast Honestly with Bari Weiss, da jornalista norte-americana Bari Weiss.
Questionado se a humanidade é capaz de superar a morte, Thiel afirmou que “ainda nem tentamos. Deveríamos tentar superar a morte ou, pelo menos, entender por que é impossível”.
O empresário afirmou ainda que considera o processo de criogenia humana, técnica que permite resfriar o corpo humano até temperatura de -196ºC, “um posicionamento ideológico”. “Eu não espero, necessariamente, que funcione, mas acredito que é o tipo de coisa que nós deveríamos tentar fazer”, afirmou, revelando que aceitaria deixar o corpo congelado após sua morte.
No entanto, ao ser questionado se planeja congelar seus entes queridos também, Thiel mudou o tom da resposta e afirmou que ainda não está convencido de que a tecnologia funciona como o planejado: “É mais algo que nós precisamos tentar. Mas, ainda não chegamos lá”.
Cofundador do PayPal, primeiro investidor externo do Facebook e ex-conselheiro da Meta, Peter Thiel tem um patrimônio líquido avaliado em USD 4,2 bilhões, segundo a Forbes.
Thiel contribui há décadas para pesquisas contra o envelhecimento e já havia expressado interesse em ser congelado antes. Recentemente, sua fundação apoiou uma companhia que estuda congelar animais após a morte, para que possam ser ressuscitados. O bilionário sempre diz que a corrida humana é distraída por lutas culturais quando deveria focar em outros assuntos, como a cura do câncer.
“Sempre penso que não estou fazendo o suficiente em biotecnologia e extensão da vida, ou mesmo apenas investindo na cura de grandes doenças crônicas que temos”, desabafou à Weiss. Ainda acrescentou que investiria bilhões em biotecnologia se conseguisse encontrar as pessoas certas: “o principal problema é encontrar alguém com boas ideias, com potencial para dar um passo à frente”. (CNN)