O Ibovespa fechou em queda de 0,53%, aos 118.757 pontos, nesta sexta-feira (15). Esse foi o primeiro recuo do principal índice da Bolsa brasileira (B3), após quatro sessões seguidas de avanços. Na semana, contudo, o indicador registrou elevação de 2,99%. O Ibovespa foi afetado pela desvalorização dos papéis da Vale e da Petrobras, as duas empresas com maior peso no índice.
Sujeitas a altas e baixas seguidas, ambas as companhias vem sendo afetadas por incertezas no mercado internacional. Notadamente, na China, que luta para retomar o vigor do crescimento, e nos Estados Unidos, que briga contra a inflação e mantém os juros nas alturas. Hoje, a mineradora recuou 0,39% e a petrolífera, 0,15%.
Das 86 ações do Ibovespa, 53 caíram nesta sexta. O destaque negativo ficou com o Grupo Casas Bahia. E pelo segundo pregão seguido. Na quinta-feira, as ações da empresa haviam recuado 18,92%. Hoje, perderam 15,56% do valor, cotadas a R$ 0,76. As quedas foram provocadas pela reação negativa dos investidores à captação de R$ 622,9 milhões em uma oferta subsequente de ações (follow-on). O mercado esperava R$ 981 milhões.
Os papéis dos supermercados também embicaram para baixo. Os investidores entendem que os juros ainda pesam sobre o setor. Com isso, houve desvalorização generalizada. A redução foi de 4,15%, no GPA; de 1,66%, no Assaí; e de 6,57%, no Carrefour. Em outra frente do varejo, a situação não foi melhor. As Lojas Renner caíram 3,18%; o Magazine Luiza (MGLU3), 3,10%; e Grupo Soma, 2,18%.
De acordo com os analistas, além de um dia de baixa liquidez no mercado, também pesou no pregão e expectativa de definição das taxas de juros nas reuniões dos integrantes dos bancos centrais (BCs) do Brasil e dos Estados Unidos, que ocorrerão na quarta-feira da próxima semana. (bahia.ba)