Em seu segundo dia de visita a Israel, o presidente Jair Bolsonaro foi nesta segunda-feira (1º) ao Muro das Lamentações, em Jerusalém. O presidente brasileiro foi o primeiro líder estrangeiro a ser levado ao local pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Após visitar os túneis do Muro das Lamentações e uma sinagoga no próprio local, Bolsonaro relatou a jornalistas o pedido feito intimamente durante a visita ao Muro das Lamentações: “Que Deus olhe pelo Brasil”.
Na semana passada, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, também visitou o Muro das Lamentações ao lado de Netanyahu. A iniciativa foi uma ruptura da tradição diplomática americana de não visitar o local. Pompeo tornou-se o funcionário de maior hierarquia do governo americano a visitar o local de oração sagrado para os judeus.
Antes de chegar ao muro, lugar de culto mais importante da religião judaica, Bolsonaro havia visitado a Basília do Santo Sepulcro, tempo sagrado do cristianismo.
Bolsonaro chegou a Israel no domingo (31) e assinou acordos de cooperação com o governo do país. O principal anúncio foi da abertura de um escritório de negócios em Jerusalém.
Na campanha do ano passado, a promessa do então candidato era de mudar a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém. Após a posse, a intenção recebeu fortes críticas dos países árabes, que também consideram a Cidade Sagrada capital dos palestinos.
O setor agropecuário brasileiro teme que movimentos diplomáticos pró-Israel — o Brasil tradicionalmente manteve uma postura neutra na região — possam prejudicar as exportações de carne para países árabes.
No entanto, Bolsonaro não sinalizou que deva mudar a embaixada. Apesar disso, a Palestina criticou a criação de um escritório de negócios em Jerusalém. Com informações da Agência Estado.