Segundo relatório publicado nesta terça-feira (30) pela ONG Global Witness, o Brasil ocupa a quarta posição em assassinatos de ativistas ambientais no mundo, com cerca de 20 casos em 2018. As posições que antecedem o País no ranking pertencem às Filipinas, Colômbia e Índia. Desde que o levantamento começou a ser feito, em 2012, é a primeira vez que o Brasil deixa a primeira colocação.
A relatora especial sobre os direitos dos povos indígenas da ONU, Vicky Tauli-Corpuz, disse que esse é um fenômeno visto em todas as partes do mundo. “Os defensores do meio ambiente e da terra, dos quais um número significativo são representantes dos povos indígenas, são considerados terroristas, criminosos ou bandidos por defender seus direitos”, completou.
O relatório também cita falas do presidente Jair Bolsonaro sobre abrir reservas indígenas ao desenvolvimento comercial, e que, em 2019 “isso já provocou uma série de invasões de terras indígenas por grupos armados de grileiros, com comunidades que vivem com medo de futuros ataques”. (Metro1)