Brasil vai à final dos 4x100m e garante vaga olímpica; feminino é desclassificado

Foto: Globo Esporte
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Com direito a igualar o recorde sul-americano ao cravar o tempo de 37s90, a equipe brasileira masculina do revezamento 4x100m avançou à final desta prova no Mundial de Atletismo, nesta sexta-feira, em Doha, no Catar. Essa marca continental, repetida agora, havia sido estabelecida pela última vez nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, na Austrália. E essa passagem para a próxima fase assegurou a presença do Brasil nesta prova na Olimpíada de Tóquio-2020.

Com o bom desempenho, o time formado por Rodrigo Nascimento, Vitor Hugo dos Santos, Derick Silva e Paulo André se garantiu na disputa por medalhas com a segunda melhor marca de sua bateria eliminatória, ficando atrás apenas do quarteto da Grã-Bretanha, composto por Adam Gemili, Zharnel Hughes, Richard Kilty e Nethaneel Mitchell-Blake, que liderou ao cronometrar 37s56.

E os brasileiros voltaram a comemorar o feito de terem superado os Estados Unidos pela terceira vez em uma prova dos 4x100m nesta temporada. Os norte-americanos Cristian Coleman, Justin Gatlin, Michael Rodgers e Cravon Gillespie ficaram em terceiro lugar nesta bateria do qualificatório, com o tempo de 38s03, e também avançaram à final. As equipes de Japão (37s78), China (37s79), França (37s88), Holanda (37s91) e Canadá (37s91) foram as outras classificadas para a próxima fase.

“A gente errou um pouquinho nas passagens, mas conseguimos correr bem, com o melhor tempo do ano. Melhorando a passagem a gente consegue melhorar o tempo. A gente era ‘bebezinho’ ainda quando o Brasil fez esse tempo de 37s90”, afirmou Vitor Hugo ao comentar o feito.

“A gente correu bem, foi o melhor resultado do ano e ainda temos muito para acertar. Estamos conversando sobre o que cada um errou, o que cada um sentiu para melhorar para amanhã e tentar subir no pódio”, completou Rodrigo Nascimento, se referindo à final da prova, que será realizada neste sábado no Catar.

Paulo André de Oliveira também projetou a disputa por medalhas e enalteceu o fato de que a equipe conquistou o objetivo de assegurar lugar na Olimpíada. “Foi uma prova forte, tanto que conseguimos o recorde sul-americano, que a gente estava buscando, e também pelo nosso principal objetivo de colocar o Brasil na final e em Tóquio. Mas queremos mais. A disputa está forte, mas em termos técnicos erramos muito. É acertar tudo, consertar os erros que a gente consegue melhorar ainda mais”, disse.

“Foi uma prova boa, a gente viu pelo tempo, mas vamos ver o vídeo com a comissão técnica (o treinador é Felipe de Siqueira) e ver o que a gente pode melhorar para amanhã. Sabemos que tem alguns acertos para fazer. É manter o pé no chão”, acrescentou Derick Silva.

O Brasil sonha com uma terceira medalha no 4x100m em Mundiais, depois de ter conquistado uma de bronze em 1999, em Sevilha, e uma de prata em Paris, em 2003.

FEMININO É DESCLASSIFICADO – Neste mesmo dia de disputas em que a equipe masculina do Brasil brilhou, o time feminino do País acabou amargando uma desclassificação nos 4x100m. O quarteto formado por Bruna Farias, Vitoria Rosa, Lorraine Martins e Rosângela Santos inicialmente avançou à final da prova com o quinto melhor tempo geral das eliminatórias ao marcar 42s68, mas depois o resultado foi anulado por causa de uma suposta invasão de Bruna a uma raia adversária durante a prova.

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) informou que entrou com um recurso contra a decisão dos juízes da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) após considerar injusta esta desqualificação. A entidade informou que espera por uma resposta após apresentar a apelação à entidade.

A equipe da Jamaica avançou à final como líder das eliminatórias, com o tempo de 42s11, enquanto a Grã-Bretanha ficou em segundo lugar (42s25) e a China em terceiro (42s36). As equipes de EUA (42s46), Trinidad e Tobago (42s75), Suíça (42s82), Alemanha (42s82) e Itália (42s90) foram as outras que avançaram à final.

HISTÓRICO SEXTO LUGAR – Em outra prova do dia em Doha, Fernanda Borges conquistou um histórico sexto lugar para o Brasil na prova do lançamento de disco, com a marca de 62,44m. Embora não tenha alcançado um lugar no pódio, ela obteve o melhor resultado do País em uma prova de campo em um Mundial. (Isto é)

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