Buzeira, influenciador que deu cordão de R$ 2 milhões para Neymar, recebeu auxílio emergencial

Responsável por presentear Neymar com um cordão de ouro avaliado em R$ 2 milhões, o influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, recebeu auxílio emergencial durante a pandemia de Covid-19. Foram R$ 5,4 mil de abril a setembro de 2020, conforme dados do Portal da Transparência do governo federal. Ele recebeu quatro parcelas de R$ 1,2 mil e uma última de R$ 600.

Buzeira se apresenta como alguém bem sucedido com negócios digitais, mas a fortuna repentina chamou a atenção da Polícia Federal. Ele é alvo de investigação por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e exploração de jogos de azar devido à realização de sorteios e rifas realizadas por meio de seu perfil no Instagram. A reportagem fez contato com o advogado de Bruno Alexssander, que estava em deslocamento e disse que se manifestaria mais tarde. A polícia chegou a pedir a prisão do influenciador, o que foi negado pela Justiça.

Na investigação ainda em curso, a defesa dele alega que “as acusações de pertencimento a organização criminosa e lavagem de capitais não encontram qualquer amparo fático nos autos”. Também rechaça as suspeitas de lavagem de dinheiro “pois não há nenhum indício de que os valores recebidos por Bruno tenham sido ocultados ou dissimulados” e porque “tudo o que compõe o seu patrimônio está devidamente declarado”.

Com 4,5 milhões de seguidores apenas no Instagram, o influenciador chamou atenção na quarta-feira, 27, após presentear Neymar durante o cruzeiro que leva o nome do atleta com um colar de ouro com os algarismos “00″. “Esse é o 00 de verdade sou fã desse cara, zerei a vida 2023 concluído com sucesso”, escreveu Bruno Alexssander como legenda em uma foto ao lado do atleta. O cordão é uma referência à forma como o influenciador se apresenta. “Nem 01, nem 02, sou o 00, eu não tenho concorrentes”, diz ele em seu perfil no Instagram.

Buzeira tentou ser jogador de futebol, cantor de funk e ajudou a mãe em um restaurante antes de trabalhar com comércio exterior por meio de um tio. Porém, ele foi demitido durante a pandemia em 2020. “Diante disso, resolvi direcionar a minha carreira para a internet. Peguei o dinheiro da rescisão e investi no meu perfil. Investi tudo o que tinha e comecei e fazer sorteios no Instagram”, disse o influenciador em entrevista ao Jornal de Brasília em agosto do ano passado.

Na ocasião, ele também minimizou a investigação contra ele e disse que isso o ajudou a viralizar nas redes. “Levaram todos os meus veículos, mas nada foi comprovado contra mim”, declarou o influenciador. (Política Livre)

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