A Caixa Econômica Federal (CEF) fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e vai pagar R$ 10 milhões para encerrar o processo a que responde em razão dos casos de assédio sexual e moral praticados por Pedro Guimarães, ex-presidente do banco. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
A ação foi movida pelo MPT a partir de reportagens que revelaram a conduta inadequada do ex-presidente da CEF e que resultaram na queda de Guimarães, um dos homens fortes do governo de Jair Bolsonaro (PL), em junho do ano passado.
O acordo para encerrar o processo foi aprovado nas últimas semanas por instâncias internas do banco e deverá ser assinado nos próximos dias. Em seguida, será submetido à Justiça do Trabalho para homologação.
Na ação movida contra a Caixa, o MPT pediu ao banco R$ 300 milhões de indenização por danos coletivos, pela omissão em apurar e punir os casos de assédio. Como na Justiça o processo se arrastaria por anos e o valor pedido, muito provavelmente, seria bastante reduzido na sentença, os procuradores e o banco preferiram construir um acordo, com o pagamento imediato dos R$ 10 milhões.
Ainda como parte do acordo, a Caixa se comprometeu a adotar iniciativas efetivas de combate ao assédio dentro da instituição. Os recursos de indenizações como a que o banco pagará são aplicados pelo MPT em projetos sociais que são escolhidos a partir de chamadas públicas. (BN)