Capitão da PM denuncia agressão de policiais durante Micareta na Bahia

Caso ocorreu em carnaval fora de época realizado na cidade de Feira de Santana. Policial fez denúncia por meio de nota em uma rede social.

Um capitão da Polícia Militar de Feira de Santana denunciou, através das redes sociais, uma agressão sofrida por colegas de corporação durante uma abordagem na Micareta de Feira de Santana, na segunda-feira (24), no arrastão do cantor Thiago Aquino. O capitão não estava de serviço e se divertia na festa em meio a multidão.

Segundo o capitão, durante a abordagem ele informou à tropa que também faz parte da corporação, mas as agressões continuaram.

Na nota divulgada, Isaac detalhou que trabalha há 15 anos na Polícia Militar e que em 14 deles atuou em carnavais e nas micaretas realizadas na cidade, além de outras festas de largo, mas nunca participou de abordagens como a que sofreu.

”Todos que trabalham e trabalharam comigo sabem das orientações de que não devemos usar a força de forma indiscriminada. Nunca usei o bastão na cabeça de alguém, sobretudo com a situação já controlada”, descreveu o capitão.

Isacc informou ainda que está bem, foi atendido e medicado. Ele disse que deixará como reponsabilidade da PM as medidas a serem adotadas em relação ao caso.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que lamenta as denúncias e que os fatos isolados estão sendo apurados.

Outras agressões

Além do capitão Isaac Pereira, um adolescente de 17 anos e uma vendedora ambulante sofreram agressões por parte de policiais militares durante a Micareta.

O jovem de 17 anos, identificado como Murilo Silva Freitas, sofreu traumatismo craniano após a agressão realizada na sexta-feira (21), conforme relatos de familiares. Murilo foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade, onde segue internado nesta quarta-feira (26).

Já a vendedora, foi agredida no sábado (22). Assim como o capitão, ela estava de folga e curtia a festa no momento da ação. A vítima, Natália da Silva, disse que denunciou o caso à Polícia Civil.

Os vídeos mostram Natália dançando e, durante a passagem dos PMs, ela foi agredida pelos policiais com os cacetetes. Ela disse ainda que precisou procurar atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade por causa dos hematomas e das dores que sente. (g1)

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