A China não registrou transmissão local de covid-19 nesta segunda-feira (23). É a 1° vez que isso acontece desde julho, quando o país asiático teve aumento de casos impulsionado pela variante delta. Depois de constatar o avanço da cepa indiana pelo território, o país adotou duras medidas restritivas para barrar a propagação do vírus. As informações são da Reuters.
A Comissão Nacional de Saúde informou nesta segunda (23) que a nação chinesa registra 21 novos casos de covid-19 provenientes de viajantes de outros países. No domingo (22.ago), foram 32 novas infecções. A China não considera casos assintomáticos em suas projeções.
Mais de 1200 pessoas foram infectadas pela covid-19 durante o último surto da doença na China em julho, sobretudo na cidade de Nanjing. Nenhuma morte foi registrada. Desde a semana passada (15.ago a 21.ago.2021), a China observou a queda para uma casa decimal dos números da pandemia. O pico do surto aconteceu no início de agosto.
Economistas afirmaram a Reuters, que as medidas restritivas impostas pelo governo chinês devem prejudicar o crescimento da economia do país no 3° trimestre de 2021. Embora as projeções sejam negativas, as ações da China se recuperaram nesta segunda feira (23) depois de queda acentuada na 3° semana de agosto.
Em Xangai, por exemplo, centenas de pessoas entraram em quarentena depois que algumas novas infecções foram registradas. Apesar da preocupação, a cidade não relata novos casos de infecção local desde domingo (22).
Na capital Pequim e em cidades como Wuhan e Jingmen, os bloqueios sanitários foram suspensos depois da redução dos casos. Em Sichuan, as agências de viagem foram autorizadas a retomar viagens para fora da província, exceto para regiões ainda consideradas de risco.
Em Nanjing e Yangzhou, os voos permaneceram suspensos nesta 2° feira (23.ago). A medida foi mantida mesmo depois de Nanjing deixar de exigir a obrigatoriedade do teste negativo de covid-19 às pessoas que saíssem da cidade por ferrovia ou rodovia.
Apesar das perspectivas, especialistas afirmaram a Reuters que a China não deve abandonar a política de tolerância zero mesmo diante do número reduzido de casos. Chen Zhengming, professor de epidemiologia da Universidade de Oxford, disse que ações como quarentena, testes em massa e inspeções na alfândega já se tornaram parte da rotina chinesa. (Valor)