Cid Moreira, o icônico apresentador que faleceu na última quinta-feira (3), deixou um testamento polêmico que exclui seu filho adotivo, Roger, e seu outro filho, Rodrigo, do direito à herança. Informações reveladas pela Folha de S. Paulo indicam que, há dez anos, Cid escreveu a Roger manifestando seu arrependimento pela adoção e tentando desfazê-la.
No e-mail, Cid afirmou que “vivia em paz” e que havia deserdado Roger: “Você continua sendo meu filho adotivo porque não consegui reverter a adoção. Eu fiz um documento e deserdei você. Escrevi de próprio punho e assinei.” Ele concluiu: “Foi um engano te adotar.” O motivo do descontentamento teria sido declarações de Roger à imprensa na época.
Roger, sobrinho de Ulhiana Naumtchyk, terceira esposa de Cid, foi adotado pelo casal aos 20 anos. Notavelmente, nenhum dos filhos compareceu ao velório do pai, citando uma medida protetiva. Ambos entraram com um pedido formal na Justiça para acessar o testamento e argumentaram que são “pobres na expressão da palavra”. O advogado deles estima que a fortuna total de Cid Moreira gira em torno de R$ 60 milhões, composta por R$ 40 milhões em imóveis e R$ 20 milhões em direitos autorais.
A defesa de Fátima Sampaio Moreira, esposa de Cid, classificou como “lamentável e inoportuna” a abertura do inventário pelos filhos logo após a morte do apresentador. O advogado Saldaño afirmou que a postura dos filhos evidencia que eles estavam mais interessados no patrimônio do pai do que em qualquer outra questão.
Testamento e Relações Familiares
O testamento público de Cid Moreira explicitou sua intenção de deserdar Roger e Rodrigo, com base na indignidade prevista no Código Civil brasileiro. Segundo informações, Cid revisava seu testamento anualmente, sempre acompanhado de laudos médicos que comprovavam sua capacidade civil.