Com o programa Desenrola Brasil, bancos já renegociaram mais de R$ 8 bilhões em dívidas

A Febraban ainda informou que cada banco tem sua estratégia de negócio, “adotando políticas próprias para adesão ao Programa”

Foto: Reprodução

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou nesta quarta-feira (16) que os bancos já negociaram cerca de 1,296 milhão de contratos em quatro semanas, desde o início do programa Desenrola Brasil, em 17 de julho, de acordo com publicação do G1.

Segundo a federação, já foram negociados R$ 8,1 bilhões exclusivamente pela Faixa 2 – que tem como foco resolver as dívidas de pessoas físicas com débitos negativados até 31 de dezembro de 2022 e renda de até R$ 20 mil.

No total, foram beneficiados cerca de 985 mil clientes. A adesão do programa vai até dia 31 de dezembro deste ano.

O programa “Desenrola Brasil” é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi criado para promover um mutirão de renegociação de dívidas para pessoas físicas. A ideia central é retirar pessoas da lista de negativados e retomar o potencial de consumo da população.

Ainda de acordo com a federação, as instituições financeiras limparam o nome de cerca de 5 milhões de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 – uma contrapartida à participação dos bancos no programa.

Isso significa que, se o devedor não tinha outros débitos pendentes, ficou com o “nome limpo” nos sistemas de proteção ao crédito.

Inicialmente, o Ministério da Fazenda projetava que 1,5 milhão de pessoas poderiam ser contempladas por essa medida, mas a meta foi ultrapassada logo na primeira semana do Desenrola.

Vale lembrar, no entanto, que a desnegativação não significa um perdão. O débito seguirá existindo, mas os bancos se comprometem a não incluir os devedores no cadastro negativo.

“Os números do Desenrola falam por si e são uma grande satisfação para todos, bancos, governo e a sociedade. A grande adesão e o interesse pelo programa na Faixa 2 são uma amostra do que virá em setembro, com a Faixa 1”, avalia o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

A Febraban ainda informou que cada banco tem sua estratégia de negócio, “adotando políticas próprias para adesão ao Programa”.

“As condições para renegociação das dívidas, nessa etapa, serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-la”, disse a federação em nota. (bahia.ba)

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