O corpo de uma mulher foi encontrado concretado em uma cama de alvenaria dentro de um bar no município de Pedras de Fogo, na região metropolitana de João Pessoa, nesta quarta-feira (11).
A Polícia Civil da Paraíba acredita que o corpo seja de Luydiane Jamille Miranda. Ela estava desaparecida desde o dia 4 de outubro, mas a família só registrou o boletim de ocorrência nesta terça-feira (10). O corpo vai ser periciado pelo Instituto de Polícia Científica para confirmar a identificação da vítima.
À reportagem, o delegado Hugo Hélder, à frente da investigação do caso, afirmou que há grandes chances de o corpo ser da mulher desaparecida devido à análise de tatuagens.
“Recebemos uma comunicação na delegacia de Pedra de Fogo sobre o desaparecimento de uma mulher de 28 anos. O boletim de ocorrência foi feito ontem, mas, na verdade, ela estava desaparecida desde a última quarta-feira, embora a família não trouxe ao conhecimento da polícia anteriormente”, afirmou o delegado.
O ex-companheiro de Luydiane e o irmão dele foram presos em flagrante. Eles negam o crime.
O delegado esclareceu que foi ao local onde a vítima residia, uma espécie de bar e bordel, onde eram realizados encontros amorosos. A vítima teria desaparecido após terminar com o namorado.
Luydiane e o irmão do ex-companheiro tinham desentendimentos constantes devido à gestão do bar, local em que eles moravam.
COMO O CORPO FOI ENCONTRADO
O ex-companheiro e o irmão dele estavam no local quando a polícia chegou para realizar a inspeção. “Fizemos uma revista e em um dos quartos encontramos uma cama de alvenaria concretada com um cimento relativamente recente, há uns 7 dias. Quebramos o cimento com a autorização do proprietário do local e localizamos o corpo da vítima lá”, explicou o Hugo Hélder.
Os dois homens, de 27 e 24 anos, são de Recife e foram autuados em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver. “Um deles apresentou um documento falso. Quando pegamos o verdadeiro, ficou comprovado que ele já tinha cinco processos em Pernambuco, três mandados de prisão em aberto, dois deles por homicídio”, contou o delegado.
Apesar de negarem o crime, os suspeitos não conseguiram explicar como a mulher foi concretada na cama em que um deles dormia.
Como a identidade dos suspeitos não foi divulgada, a reportagem não conseguiu entrar em contato com as defesas dos dois. O espaço segue aberto para manifestação. (Folha)